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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL!

O Natal está chegando...e com um ele um momento de reflexão e gratidão por todas as conquistas de 2010. Desejamos um FELIZ NATAL  e agradecemos a todos seguidores, amigos e alunos que deram importância a este blog, como sendo realmente um ponto de encontro, atualização e discussões sobre diversos assuntos ambientais.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Carrinhos de supermercado viram árvore de Natal


Quem disse que carrinhos de supermercado só servem para levar compras? O designer Anthony Schmittdiscorda e foi com muita criatividade que ele criou duas árvores de Natal com o material. Atualmente, elas se encontram em Santa Mônica e em Emeryville, na Califórnia.
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Quem teve a ideia foi o designer Anthony Schmitt / Foto: Divulgação
As 86 peças montadas alcançam uma altura de 10 metros. “A árvore de carrinhos de supermercado simboliza generosidade e abundância, assim como o reconhecimento dos menos afortunados, os quais podem ter o mundo instalado em um carrinho”, disse Schmitt.
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A árvore tem dez metros e possui 86 carrinhos / Foto: Divulgação
Schmitt teve a ideia há 14 anos, a pedido do antigo proprietário do Edgmar (supermercado de Santa Mônica), Abby Scher, mas apenas em 2010 ela foi posta em prática.

Fonte: Eco4planet

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

CALENDÁRIO AMBIENTAL



Para aproveitar e ir se programando para o próximo ano, segue datas comemorativas ambientais.


Janeiro
01 Dia Mundial da Paz/Confraternização Universal
11 Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos
Fevereiro
02 Dia Mundial das Zonas Úmidas
06 Dia do Agente de Defesa Ambiental
22 Dia da Criação do IBAMA
Março
01 Dia do Turismo Ecológico
14 Dia Mundial de Luta dos Atingidos por Barragens
19 Dia da Escola
21 Início do Outono
21 Dia Florestal Mundial
22 Dia Mundial da Água
23 Dia do Meteorologista
24 Aniversário de criação da Secretaria do Meio Ambiente (1986)

Abril

07 Dia Mundial da Saúde
15 Dia Nacional da Conservação do Solo
19 Dia do Índio
22 Dia do Planeta Terra
22 a 28 Semana da Educação
23 Dia do Escoteiro
28 Dia da Caatinga
28 Dia da Educação
Maio
03 Dia do Solo
03 Dia do Pau-Brasil
05 Dia Mundial do Campo
07 Dia Mundial da Saúde
08 Dia Mundial das Aves Migratórias
13 Dia do Zootecnista
16 Dia do Gari
18 Dia das Raças Indígenas da América
22 Dia Internacional da Biodiversidade
22 Dia do Apicultor
25 Dia do Trabalhador Rural
27 Dia Nacional da Floresta Atlântica
29 Dia do Geógrafo
30 Dia do Geólogo
Junho
31/05 a 05/06 Semana Nacional do Meio Ambiente
05 Dia Mundial do Meio Ambiente
05 Dia da Ecologia
08 Dia do Citricultor
08 Dia dos Oceanos
17 Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca
21 Início do Inverno
23 Dia do Lavrador
29 Dia do Pescador
Julho
02 Dia Nacional do Bombeiro
08 Dia Nacional da Ciência
12 Dia do Engenheiro Florestal
13 Dia do Engenheiro Sanitarista
17 Dia de Proteção às Florestas
25 Dia do Colono
28 Dia do Agricultor
Agosto
05 Dia Nacional da Saúde
06 Dia de Hiroshima
09 Dia Internacional dos Povos Indígenas
09 Dia Interamericano de Qualidade do Ar
11 Dia do Estudante
14 Dia do Combate à Poluição
27 Dia da Limpeza Urbana
Setembro
03 Dia do Biólogo
05 Dia da Amazônia
09 Dia do Veterinário
11 Dia do Cerrado
16 Dia Internacional de Proteção da Camada de Ozônio
16 Dia Internacional para a Prevenção de Desastres Naturais
17 Dia da Compreensão entre os Homens
18 Dia Mundial de Limpeza do Litoral
19 Dia Mundial pela Limpeza da Água
21 Dia da Árvore
22 Dia da Defesa da Fauna
22 Dia da Jornada “Na Cidade Sem Meu Carro”
23 Início da Primavera
27 Dia do Turismólogo
Outubro
04 a 10 Semana da Proteção à Fauna
04 Dia Mundial dos Animais
04 Dia da Natureza
04 Dia do Cão
05 Dia Mundial do Habitat
05 Dia da Ave
12 Dia do Mar
12 Dia do Agrônomo
15 Dia do Professor
15 Dia do Educador Ambiental
27 Dia do Engenheiro Agrícola
Novembro
01 Dia Nacional da Espeleologia
05 Dia da Cultura e da Ciência
09 Dia do Urbanismo
10 Dia do Trigo
23 Dia Mundial sem Compras
24 Dia do Rio
30 Dia do Estatuto da Terra
Dezembro
05 Dia do Voluntário
07 Dia do Pau Brasil
10 Dia Universal dos Direitos Humanos
14 Dia do Engenheiro de Pesca
15 Dia do Jardineiro
21 Início do Verão
29 Dia Mundial da Biodiversidade
31 Dia da Esperança
Fonte: Ser Melhor

A COP16 também não vai salvar o mundo (mas é importante!)!



Mônica Nunes / Débora Spitzcovsky 29 de novembro de 2010

Em dezembro do ano passado, o mundo todo estava com as atenções voltadas para as reuniões da COP15, esperando quase que soluções milagrosas para o combate às mudanças climáticas. Ao final da Conferência, os milagres (claro!) não vieram e a palavra “fracasso” foi muito usada, por gente de todo o mundo, na hora de resumir o desfecho do evento.
Neste ano, talvez por reflexo dos desapontamentos com a COP15, os comentários a respeito da COP16 – 16ª Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas diminuíram bastante. Pouco se fala sobre o assunto, mas a Conferência começou hoje, dia 29 de novembro, em Cancun e, para evitar novas decepções, os especialistas já avisam: a COP16 também não vai salvar o mundo, mas pode ser, sim, muito importante para o cenário climático mundial.
Por conta de um jogo de interesses bastante complicado, ninguém espera que, ao final da Conferência, seja assinado um acordo global, que defina metas de redução de emissões para todos os países. Por quê? Entender o problema é muito mais fácil do que resolvê-lo: nenhuma nação está disposta a assumir um compromisso de redução de emissões sem saber o que os outros países farão para combater o aquecimento global. Como ninguém dá o primeiro passo, as negociações ficam travadas e o acordo climático global continua existindo, apenas, no imaginário de todos nós. (Para saber mais, leia a reportagem Tasso Azevedo e os desafios do acordo climático global)
Nem por isso a COP16 será em vão. A Conferência é uma ótima oportunidade para que os países discutam as bases do acordo climático global – principalmente porque, como não há expectativas de se assinar nenhum documento de valor legal, os negociadores poderão debater com calma questões essenciais. Se isso realmente acontecer, essa COP será como um evento preparatório para a COP17, que acontecerá no ano que vem, na África do Sul, e que, aí sim, pode prometer fortes emoções!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Sustentabilidade chega nas fontes do Word





Não há limites para a criatividade quando o assunto é sustentabilidade. Veja essa: o site de dowloads "Baixa Tudo" disponibiliza gratuitamente ao internauta a Ecofont. Isso mesmo: trata-se de uma fonte de textos de Word amiga do verde. Graças a pequenos pontinhos brancos no interior das letras, quem imprime um documento em Ecofont (uma adaptação da Vera Saens) economiza 20% de tinta das impressoras. O "Baixa Tudo" garante que a qualidade final é bastante satisfatória. Melhor até do que o modo "rascunho".  Quer tentar? Então vai lá em http://www.baixatudo.com.br/ecofont


Fonte: Blog verde

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Telhados de casas deverão ser brancos

Um projeto de lei já aprovada em primeira votação na Câmara Municipal de São Paulo (capital) traz a proposta de que as novas casas construídas na capital sejam obrigadas a ter o telhado pintado da cor branca, destaca o Jornal da Tarde. Já imaginou?
Esta medida teria caráter ambiental. Sabe por quê? O telhado branco absorve menos raios do sol e ajuda a combater as ilhas de calor da cidade.
O autor desta idéia, o vereador Goulart (PMDB) acredita que, se toda a cidade adotasse os telhados desta cor, a temperatura da capital seria até 2°C menos quente do que é hoje.
E agora o texto precisa ser aprovado em segunda votação antes de ser enviado à sanção do prefeito Gilberto Kassab (DEM). Os vereadores aprovaram o texto (PL 615/2009) no último dia 10, em votação simbólica.
O vereador ainda diz que a votação definitiva do projeto deve ocorrer logo. “Tivemos uma reunião do colégio de líderes (das bancadas partidárias) e a expectativa é que o texto seja votado na semana que vem (esta semana)”, diz.
O projeto que defende o meio ambiente acrescenta um artigo à Lei 11.228, de 1992, que impõe regras para a construção de imóveis na cidade. A legislação estabelece multa de R$ 963,30 para quem executar obras sem obter licença prévia (ou construir em desacordo com a licença obtida).
“A ideia é que depois de aprovada (a lei), a Prefeitura desenvolva campanhas de conscientização com programas para a pintura de todos os imóveis”, diz.
Onde tudo começou…
Pintar os telhados das casas de branco é uma ideia defendida há cerca de três anos pela Green Building Council Brasil, ONG que deu subsídios aos dados divulgados pelo parlamentar.
O grupo defende que os telhados escuros retêm mais luz do sol e, assim, ficam mais quentes. Como 25% do terreno das cidades correspondem aos telhados , a opção pela cor branca reduziria a formação de ilhas de calor nas áreas urbanas. Segundo Nelson Kawakami, diretor da entidade, outro benefício importante seria a redução do consumo de energia elétrica já que o interior das casas também ficaria menos quente e, assim, a população usaria menos ar condicionado, e menos consumo de energia é sempre benéfico para o meio ambiente.
Fonte: Eco4planet

Um ônibus para passar debaixo






Na China, a empresa Shenzhen Huashi Future Parking Equipment desenvolveu uma solução completamente fora da caixa para enfrentar os congestionamentos. Ao invés de gastar milhões aumentando as ruas, eles desenvolveram o “3D Express Coach” que permite que carros com menos de 2 metros possam viajar por baixo do ônibus.
E empresa prevê que cada veículo possa transportar até 1.400 passageiros por parada e irá reduzir o trânsito em até 30% nas ruas mais movimentadas. Quando finalizados, esses ônibus utilizarão energia solar ou eletricidade. Os primeiros 185 km desse transporte serão construídos em Pequim no final de 2010.

Aparelho monitora água gasta em banho

Todos os dias enormes quantidades de água do chuveiro são desperdiçadas em banhos demorados. Pensando em reduzir essa conta, o Water Pebble é um dispositivo que monitora automaticamente a quantidade e o fluxo de água que desce pelo ralo enquanto o usuário toma banho.
O aparelho memoriza o tempo e a quantidade de água gasta no primeiro banho do usuário e usa essas informações como referência para os banhos futuros. O Water Pebble muda de cor para indicar ao usuário em que estágio do banho ele se encontra: Verde corresponde ao começo, âmbar a metade e a luz vermelha indica que é hora de parar.
Além disso, ele, automaticamente, reduz fracionadamente em sete segundos o tempo dos banhos futuros do usuário conforme os dias passam. Sem que o usuário se dê conta, a duração de seus banhos pode ser diminuída em até seis minutos, o que corresponde a uma economia de aproximadamente 20 litros de água quente por dia.
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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Copos ecológicos





Os copos ecológicos, feitos com um papel e um pequeno revestimento plástico, já existem em países asiáticos há pelo menos 10 anos. Agora, a tecnologia foi importada e o produto é feito no Brasil pela empresa Ecopos.

A caixa de 250 ecopos é ideal para empresas e lugares públicos.Os copos são uma espécie de envelope com nove centímetros de altura por seis de comprimento. A capacidade de cada um é de 65 mililitros. Além de diminuírem consideravelmente a quantidade de lixo produzida e de ocuparem menos espaço para armazenamento e transporte, os ecopos podem ser utilizados mais de uma vez.

Os produtos são feitos com papel de fibras virgens (para evitar qualquer tipo de contaminação do material) reflorestadas e sem corantes.

O gerente Stephano Shin comenta que como a embalagem é pequena, os ecopos podem também ajudar a evitar o desperdício de água.

“Muita gente enche copos e acaba não consumindo tudo. Com copos menores, isso acontece menos. E quem quiser, pode sempre repertir”, comenta Stephano.

Além disso, o gerente comenta que muitos clientes perguntam se é possível usar os copos para bebidas quentes. Como o copo é feito de papel e é fino, o líquido poderia queimar a mão de quem segurasse. Além disso, a empresa ainda não conseguiu aumentar a capacidade dos copos – se for maior, acaba não ficando firme o suficiente e pode desmontar.

Localizada em São Paulo, a empresa produz os ecopos convencionais e também pode imprimir a logo de empresas.


23 de novembro de 2010 | Escrito por Felipe Esotico

Revista Atitude Sustentável.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Energia do Sal






A energia solar vem sendo largamente usada, porém há um grande dilema a ser resolvido: e os dias em que o sol não aparece? Um novo empreendimento chamado SolarReserve promete resolver este problema e continuar gerando energia mesmo a noite.

Ao contrário de outras centrais, a SolarReserve é capaz de produzir eletricidade durante a noite ou em condições atmosféricas adversas. O programa irá salvar e armazenar a energia solar captada no sal fundido. Ela terá uma capacidade de produção de até 500 megawatts de potência.


O conceito da nova usina solar é semelhante à torre de Sevilha, onde painéis solares refletem a luz do sol e aquecem a água no interior de uma torre, que mais tarde se evapora para gerar eletricidade. No entanto, em vez de água, o tanque da Solar Reserve terá sal fundido e uma enorme variedade de espelhos que refletem a luz para a cisterna que será aquecida até 1.000 graus Fahrenheit.

Devido à capacidade única do produto para armazenar a energia que capta, esse sistema irá funcionar como uma usina hidrelétrica convencional, mas com várias vantagens, pois o sal é mais previsível do que as reservas de água, é uma matéria inesgotável e gratuita e o impacto ambiental é praticamente zero.”

A SolarReserve utilizará o sal derretido e mais uma mistura de sódio e nitrato de potássio ao invés de vez de água ou óleo, permitindo que o calor armazenado gere energia para uso quando o sol não está presente. O sal derretido é o líquido mais eficiente quando se trata de transportar o calor do sol. O estudo indica, que o sal fundido é usado em sistemas de torre de energia solar porque é líquido e a pressão da atmosfera consegue fornecer um eficiente de baixo custo para armazenar energia térmica. As temperaturas operacionais são compatíveis com as tecnologias de hoje já utilizadas nas turbinas a vapor, mas possui um grande diferencial: não é inflamável tornando seu transporte, manuseio e produção muito menos perigoso e não poluente.

Fonte: Eco4planet

Gasto de água na indústria e agropecuária

Para saciar o padrão de vida dos homens, o consumo mundial de água vai além do que ingerimos e usamos no banheiro ou nas torneiras de casa. A produção de bens e alimentos bebe quantidades incríveis. Conheça vários exemplos:



Fonte:



Bioasfalto




Ao estudar os efeitos da adição de óleo vegetal ao asfalto comum, um engenheiro norte-americano pode ter descoberto um asfalto verde, um possível substituto para o asfalto à base de petróleo.

O professor Christopher Williams, da Universidade do Estado de Iowa, estava testando composições capazes de aguentar melhor as intensas variações de temperatura a que os asfaltos estão sujeitos, sobretudo no Hemisfério Norte, com nevascas severas onde não nevava há anos, e verões que batem recordes de temperatura ano após ano.

Mas o resultado foi muito melhor do que o esperado - o asfalto não apenas assimila uma parcela maior de bio-óleo do que o esperado, como também sua qualidade aumenta muito, em condições de rodagem e em durabilidade.

Bioasfalto

Nasceu então o bioasfalto, cujos primeiros testes começaram a ser feitos neste mês. Os ganhos começaram a ser verificados já na aplicação, uma vez que o bioasfalto pode ser aplicado a uma temperatura menor do que o asfalto tradicional de petróleo.

Como esses primeiros testes serão focados na durabilidade e na resistência às variações de temperatura, os pesquisadores escolheram uma ciclovia na própria universidade como laboratório.

O monitoramento sobre o bioasfalto será feito durante um ano, para cobrir todas as estações.

O professor Williams afirma que o bioasfalto permite que a mistura à base de petróleo seja substituída parcialmente por óleos derivados da biomassa de diversas plantas e árvores.

Pirólise rápida

O bio-óleo utilizado no bioasfalto é criado por um processo termoquímico chamado pirólise rápida, no qual talos de milho, resíduos de madeira ou outros tipos de biomassa são aquecidos rapidamente em um ambiente sem oxigênio.

O processo produz um óleo vegetal líquido que pode ser usado para a fabricação de combustíveis, produtos químicos e asfalto.

O processo gera ainda um produto sólido chamado biocarvão - um carvão vegetal - que pode ser usado para enriquecer os solos e para remover gases de efeito estufa da atmosfera.

Fonte:www.inovacaotecnologica.com.br

Movimento Gastronomia Responsável





A Fundação O Boticário de Proteção à Natureza lançou o Movimento Gastronomia Responsável.

O movimento é baseado em quatro pilares:

■ingrediente orgânico;
■produtos regionais;
■produtos que não estão em extinção;
■receita sem desperdício.
O que mais tratamos sobre este tema é o desperdício dos alimentos. Mais da metade do lixo que produzimos diariamente é composto por matéria orgânica, isto é, restos de cascas, talos e alimento que deixamos estragar. E neste sentido temos dois caminhos paralelos para minimizar este aspecto.

O primeiro seria comprar apenas aquilo que vamos conseguir utilizar, preparar e consumir. O outro seria o Aproveitamento Integral de Alimentos. Dar conta do alimento como um todo, aproveitando cascas e talos. As vantagens disso, nós já colocamos em dois posts acompanhados de receitas deliciosas: Aproveite tudo! e Aproveite tudo e muito mais!.

A importância dos produtos regionais, nós trouxemos em uma série de discussões sobre consumo e sustentabilidade intitulada “A sustentabilidade está à venda”. Em três partes tentamos dar conta do que é sustentabilidade, a questão das embalagens e, por fim, a origem dos produtos.

A campanha da Fundação O Boticário busca incentivar a reflexão sobre estes quatro pilares e nos nortear na hora da exercitarmos nossos conhecimentos gastronômicos. Mais que isso! A campanha nos convida a dividir com os internautas de todo o país as nossas receitas que compreendam pelo menos um destes pilares!

Visite o site: www.gastronomiaresponsavel.com.br

Fonte: recicloteca

Você conhece alguma receita, deixe aqui no blog.

Qual é o nosso papel na coleta seletiva?




A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS – Lei 12.305/2010) traz o conceito de responsabilidade compartilhada. Esta Lei considera que os diversos atores, como empresas, indústrias, poder público e consumidores, são responsáveis pelo gerenciamento adequado dos resíduos sólidos. Compreendendo todo o ciclo de vida do produto, da sua produção, passando pela comercialização, consumo, posterior descarte e o manejo ambientalmente correto deste material.

E onde entra a coleta seletiva aí? Qual o papel que a coleta seletiva possui neste contexto?

Duas questões podem ser apontadas sobre esse aspecto.

A primeira é a diferenciação que a PNRS faz entre resíduos e rejeitos. Rejeito é um tipo de resíduo sólido que, esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação, não apresenta outra solução que não a disposição final em local ambientalmente adequado. Isto significa que os resíduos que não são considerados rejeitos não devem ser enterrados em aterros sanitários. Entre eles podemos citar o plástico, alumínio, papel, vidro e tantos outros materiais que podem e, agora, devem, ser destinados a coleta seletiva e posterior encaminhamento para as indústrias recicladoras.

Neste caso vale ressaltar que garrafa PET, latinha, caixa de papel e outros tipos de embalagens que descartamos como lixo, na verdade, são materiais recicláveis, fonte de renda de mais de duzentas mil pessoas no país e matéria-prima para a indústria.

Outro aspecto é a obrigatoriedade do poder público de implantar a coleta seletiva e, também, a nossa responsabilidade, enquanto geradores de resíduos, na separação do material reciclável em nossas casas.

Pela Lei, o poder público tem quatro anos para se adequar a esta nova realidade. A regulamentação desta legislação, que dirá exatamente como eles e nós devemos proceder, ainda está sendo elaborada dentro do Ministério do Meio Ambiente.

Podemos esperar quatro anos para assumir nossa responsabilidade. Ou podemos começar hoje mesmo. Que tal?

Seria muito melhor, não apenas para nós mesmos como para os nossos descendentes, se começássemos hoje a construir uma sociedade mais sustentável em termos ambientais, mas com implicações sociais e econômicas.

Então, o que podemos fazer?

Algumas cidades já possuem coleta seletiva. Outras não.

Já existem cooperativas de catadores de material reciclável em todo o país. Nas ruas das grandes cidades podemos encontrar esses profissionais separando do lixo comum o material reciclável. Encontre uma cooperativa perto de você e entregue os seus recicláveis para eles. No site da Recicloteca temos uma lista de cooperativas em todas as regiões do país.

Você sabe se a sua cidade já implantou a separação dos materiais? Já pesquisou sobre o tema no site da prefeitura? Se sua cidade possui coleta seletiva, verifique se ela atende toda a cidade, caso contrário, solicite isso. Se não possui, entre em contato com os órgãos responsáveis e demande a implantação da coleta seletiva.

Mobilize seus amigos, vizinhos e familiares. O envolvimento de todos possibilita a diminuição do impacto ambiental, a geração de renda para os catadores e cooperativas e o maior aporte de matéria-prima reciclável nas indústrias.
Fonte: Recicloteca

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

ONU: população urbana consome 70% do que o homem retira da natureza



Relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente mostra que mais da metade da população mundial está nas cidades e já é responsável pelo consumo de 70% de todos os recursos que o homem retira da natureza. Especialistas estimam que a população do planeta deve ultrapassar 9 bilhões de pessoas até 2050, sendo que 90%, algo em torno de 6 bilhões de pessoas, estarão vivendo em cidades. Diante desses números, segundo especialistas, governos estaduais, prefeituras e comunidades precisam reconhecer o valor do capital natural (água, solo, biodiversidade). Governos - Os formuladores de políticas públicas têm razões de sobra para tentar encontrar, o mais rápido possível, soluções de combate à degradação dos ecossistemas e minimização da perda da biodiversidade, de acordo com o relatório A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade para Políticas Locais e Regionais (TEEB, sigla em inglês), lançado no Brasil e simultaneamente na Bélgica, na Índia, no Japão e na África do Sul. No trabalho, 140 especialistas das áreas de ciência, economia e política de mais de 40 países concluíram que os serviços ambientais podem impulsionar as economias locais, gerar milhões de novos empregos e melhorar a qualidade de vida nas cidades. Valor - Segundo o diretor do Departamento de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio Dias, o relatório "é importante para que os gestores públicos reconheçam o valor econômico da biodiversidade". Ele acredita que o trabalho pode ajudar a superar a questão entre preservação ambiental e desenvolvimento econômico.

Os especialistas que fizeram o relatório mostram por meio de dados concretos que ecologia e economia não só podem, como devem, caminhar juntas nas políticas públicas. O rel atório levanta a questão de valoração e impacto do uso e preservação dos recursos naturais. Os atuais níveis da pegada ecológica e social do homem, nome que os especialistas dão aos recursos naturais necessários para que cada ser humano viva, devem ser incluídos nas contas de planejamento das economias locais.

O relatório chama a atenção em três aspectos para as quais as políticas públicas precisam estar voltadas: a distribuição dos benefícios da natureza, o uso do conhecimento científico disponível e o engajamento dos gestores e das comunidades envolvidas nas ações de preservação. Mais informações: http://www.teebweb.org

Fonte: Sociedade Sustentável

Toronto Testa caminhão de lixo movido a.... lixo


A cidade de Toronto, no Canadá, começou a testar um novo caminhão de lixo movido a gás natural. O mais interessante é que o combustível do veículo será produzido com os mesmos resíduos que ele coleta. A cidade tem um biodigestor onde todo o lixo orgânico é concentrado. A decomposição desse material gera gás metano, um gás que contribui cerca de 20 vezes mais que o dióxido de carbono para o efeito estufa. Por isso, até pouco tempo, o metano produzido na usina biodigestora era queimado e, assim, transformado em dióxido de carbono e água. Mas essa é uma solução insatisfatória porque ele pode ser usado para produzir energia. Para isso, precisa ser processado até ficar semelhante ao gás natural. Isso passou a ser feito ao mesmo tempo em que a cidade experimenta novos caminhões que usam um motor a gás natural comprimido.

A produção de gás gerada pelos resíduos orgânicos deverá ser capaz de mover toda a frota local de quase 300 caminhões de lixo. Como o gás natural é muito menos poluente do que o diesel, usado até agora, o resultado líquido para o inventário de emissões de gases do efeito estufa de Toronto será equivalente a retirar 4 mil carros das ruas.


Fonte: Ecocidades

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Papel higiênico sem tubo é fim de rolo para o verde




Marca desenvolve nos Estados Unidos produto que dispensa cilindro de sustentação

Quem fez isso na infância sabe: enrolar um papel higiênico sem o rolo de papelão é um desafio. No mínimo, o resultado é um tipo de bola disforme. Para tentar desatar esse nó górdio, a empresa Kimberly-Clark criou técnica própria e lança agora a linha Natural Scott, que dispensa a estrutura de papelão sem perder a forma.

Como no caso do soro antiofídico, também aqui o antídoto vem do mesmo lugar do veneno. A ideia de fazer o produto partiu do comportamento dos norte-americanos (justo eles), que não cultivam o hábito de incluir o cilindro nos materiais encaminhados à reciclagem. Com isso, ou melhor, sem isso, os rolos se acumulam às toneladas, totalizando 17 bilhões de tubos por ano, segundo o fabricante do papel ‘tube-free’.

Andrés Bruzzone Comunicação

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Brasil recicla 98,2% de alumínio em 2009


O Brasil atingiu no ano passado mais um recorde de reciclagem de latas de alumínio. Foram reutilizadas 98,2% das latas vendidas.

Ao todo, 198,8 mil toneladas de alumínio, das 202,5 mil toneladas vendidas, foram recicladas.

Os dados constam do balanço da coleta do material divulgado ontem pela Associação Brasileira do Alumínio (Abal) e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas). Com o resultado, segundo as entidades, o Brasil conquista pela nona vez consecutiva o posto do país com maior índice de reciclagem de latas do mundo.


Na comparação entre 2009 com o ano anterior, a quantidade de latas recicladas aumentou 19,9%. Em 2008, foram reutilizadas 91,6% das latas vendidas pela indústria, o que representa cerca de 165 mil toneladas.

Em 2009, a reciclagem das latas de alumínio movimentou R$ 1,3 bilhão. Deste total, R$ 382 milhões foram gerados só com trabalho de coleta do material.

“Se toda coleta de latas fosse feita por uma empresa só, ela estaria entre as mil maiores do país”, complementou Henio de Nicola, presidente da Abal, em entrevista coletiva em São Paulo.

Com a reciclagem do alumínio das latas, também foram economizados 2,9 mil gigawatts-hora (GWh). Com esta energia, seria possível atender à demanda anual de uma cidade como Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, que tem 1,2 milhão de habitantes. [Info]

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

ESPETÁCULO DE BALLET - VIDA MARINHA - ESCOLA DE ARTES


11 e 12 de novembro de 2010
no Teatro Municipal, ás 20h
ingressos a venda na Escola de Artes
R$10,00 (inteiro)
R$5,00 (estudantes e idosos)

Participe do Sábado D Reciclagem de Lixo Eletrônico.



Dia 06 de novembro no período das 9h30min às 11h30min e das 14h às 16h.

Confira os pontos de coleta:

- Avenida Getúlio Vargas em frente a Pittol Calçados.
- Avenida Getúlio Vargas em frente ao Banco Bradesco.


Durante o sábado, os alunos do Senac estarão passando nas empresas do comércio no centro de Chapecó para recolher os equipamentos.

Divulgue para seus colegas, separe o que você tem em casa e leve para a empresa.


O processo de coleta é gratuito, somente será cobrado o valor de R$ 5,00 por unidade em caso de monitores ou televisores, pelo custo de descontaminação e transporte.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

CORREIOS USARÃO CARRO ELÉTRICO PARA ENTREGAR SEDEX EM SP


São Paulo - A CPFL Energia e os Correios assinaram, na última quinta-feira (21), um contrato para a utilização de veículo elétrico na entrega de Sedex em Campinas (SP). A parceria é uma das primeiras iniciativas do gênero no país e coloca as duas empresas na dianteira de soluções sustentáveis na prestação de serviços.

O veículo utilitário Aris, fabricado especialmente para a CPFL Energia pela Edra Automotores, será testado pelos Correios por um período de até seis meses. Ele percorrerá, diariamente, cerca de 70 quilômetros pelas ruas e avenidas do bairro Taquaral, um dos mais populosos de Campinas, entregando, em média, 200 documentos Sedex. Um motorista especialmente escolhido pelos Correios passou por treinamentos para que pudesse dirigir com total segurança e autonomia. Ele será o único condutor do Aris durante o período de empréstimo. O carregamento, em tomada comum, será feito duas vezes ao dia.

"Estamos abrindo portas para a utilização maciça desses veículos, que têm como principal característica a emissão zero de gases de efeito estufa", explica Paulo Cezar Coelho Tavares, vice-presidente de Gestão de Energia da CPFL, lembrando que o custo por quilômetro rodado é de, aproximadamente, R$ 0,04, ou seja, 25% mais econômico que um veículo a gasolina.

Para José Osvaldo Fontoura de Carvalho Sobrinho, diretor de Tecnologia e de Infraestrutura dos Correios, "a ideia é incorporar mais protótipos Aris à frota após o período de testes'.

O modelo do veículo é Aris com velocidade média de 65 km/h e autonomia entre 90 km e 120 km. Capacidade de 350 kg e dois passageiros. A carga horária de utilização do veículo é de aproximadamente sete horas por dia.

Fonte: Revista Exame

O que acham dessa ideia?

Descarte certo



Com atitude e consciência, podemos combater o excesso de lixo tóxico que vem provocando danos à saúde do planeta

Sabe aquela geladeira antiga que você não usa mais? Ou mesmo os aparelhos eletrônicos deixados de lado? Ah, sem contar as pilhas e baterias aposentadas e os remédios vencidos? Se não bastasse a dúvida sobre o que fazer com essas coisas todas, ainda temos de tratá-las com cuidados especiais. “Por conterem substâncias tóxicas, quando descartados de forma incorreta no meio ambiente, esses e outros itens, como óleo de cozinha e lâmpadas, contaminam o solo e a água”, explica a doutora em engenharia química Carolina Afonso Pinto, formada pela Universidade de São Paulo (USP).

“Para quem não recebe água tratada, a opção é captar de rios ou do lençol freático através de poços artesanais. É aí que mora o perigo”, alerta. Como a maioria desses objetos ainda é eliminada junto com o lixo comum nos chamados “lixões”, o impacto é certeiro. “Não há nenhum controle sobre eles, o que amplia a proliferação de gases tóxicos e líquidos poluentes, como o chorume. O resultado são as doenças, além de solo e ar poluídos”, declara Jorge Tenório, professor titular de engenharia de materiais da Universidade de São Paulo (USP). Como isso pode se agravar e nos trazer problemas futuros? Basta olhar ao redor e ver a multidão de pessoas consumindo sem parar. E o pior: sem saber o que fazer com o que possuem. “Produzimos três vezes mais lixo eletrônico do que lixo comum, que já é insustentável ao planeta”, fala Heloisa Mello, diretora de operações do Instituto Akatu, em São Paulo.

“Consumimos 30% além do que o mundo pode renovar, por isso entramos em uma espécie de cheque especial para sobreviver”, conta Heloisa. Exagero? Não quando observamos a quantidade de novidades lançadas a cada dia. “O consumo hoje é descartável. Os produtos têm pouca durabilidade e essa troca é intensa e rápida”, completa. O alerta nos convida a uma reflexão sobre o futuro de nossas ações daqui para frente. “Não podemos deixar para quando sentirmos na pele o problema. É melhor prevenir do que ter de tomar medidas mais duras depois”, reforça Dinah Monteiro Lessa, diretora do Instituto Recicle, em São Paulo.

CONSUMO CONSCIENTE
Pare e pense em quantos objetos você compra, usa e joga for a diariamente. Saberia dizer quais eram realmente necessários? Você usou-os no mesmo instante ou só depois de semanas ou meses? Essas perguntas podem até parecer simples, mas ajudam muito na hora da decisão. “Devemos pensar no descarte assim que escolhemos o produto”, avisa Heloisa Mello. “O ideal é priorizar os que tenham durabilidade e uso imediato.

Além disso, dê preferência às empresas que os fabricam com sustentabilidade”, reforça Dinah Monteiro Lessa. Por exemplo, observar se as embalagens são feitas de materiais recicláveis e se a empresa as recolhe quando perdem a utilidade já ajuda nessa missão. “As pequenas atitudes individuais resultarão em grande diferença. Se cada um fizer a sua parte, a consequência será gigantesca”, ressalta Heloisa Mello.

O esforço de todos colabora e, com a nova lei de resíduos sólidos, o caminho começa a ser traçado de forma mais rápida. Agora, os fabricantes de eletrônicos, eletrodomésticos,lâmpadas, óleos lubrificantes, pilhas e baterias deverão recolher seus produtos após o término de sua vida útil. Nas páginas a seguir,você verá como descartar de forma adequada todos os tipos de lixo tóxico, incluindo os remédios. Veja aqui algumas indicações e consulte no site da revista Bons Fluidos uma lista mais ampla dos locais que recebem esses materiais.

CADA UM NO SEU LUGAR
PILHAS E BATERIAS
Se fizer um passeio rápido pela sua casa e visitar quartos, cozinha, sala e banheiro, talvez você não perceba que todos esses ambientes têm objetos que trazem algo em comum: pilhas ou baterias. Independentemente do tipo ou do tamanho, o estrago que esses itens causam à natureza e ao homem vem dos metais cádmio, chumbo e mercúrio. Quando entram em contato com o solo, a contaminação é certa e se estende às plantas e animais que vivem nesses locais. O mesmo raciocínio vale para nós, uma vez que, eventualmente, podemos ingerir alimentos contaminados em algum momento da cadeia produtiva.
Onde estão: controles remotos, filmadoras, máquinas fotográficas, telefones fixos e sem fio, celulares, mp3s, barbeadores, brinquedos, lanternas, rádios, notebooks, calculadoras, aparelhos de DVD, relógios e outros produtos que usem pilhas ou baterias comuns e recarregáveis.
Como descartar: envolva a pilha ou a bateria em um saco plástico, separando-o do lixo comum, e deposite em postos de coleta específicos.

Poluição luminosa “apaga” as estrelas e desequilibra os ecossistemas das cidades


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Criadores do Stellarium ranquearam os níveis de visibilidade de estrelas no céu/Foto: Divulgação

Há quanto tempo você não pára e contempla demoradamente um céu estrelado? Pense um pouco e reflita qual foi a última vez que você contou estrelas ou tentou identificar as constelações em uma noite escura. Ou melhor, pergunte a alguma criança se alguma vez na vida ela já viu uma estrela cadente. Cada vez mais, cenas como essas tem sido vistas apenas em filmes, novelas e comerciais de TV.

Com a evolução das cidades o homem tem se afastado do contato com a natureza e coisas banais, como olhar para o céu, se tornou algo distante da nossa rotina. Mas não pense que a culpa é exclusiva do nosso estilo de vida moderno. Além da correria do dia a dia e do excesso de espaços fechados, outro problema tem feito com que as pessoas não enxerguem mais tantas estrelas no céu: a poluição luminosa das grandes cidades.

Qualquer um pode perceber esse fenômeno. Basta olha de longe para um centro urbano para ver um clarão laranja envolvendo a cidade. Esse é um sinal do excesso de lâmpadas de vapor de sódio presentes por ali.

Esse brilho no céu, causado pelo excesso de luzes direcionadas para cima, é o grande responsável pelo ofuscamento das estrelas que estão mais próximas ou um pouco acima da linha do horizonte.

Os impactos desse excesso de luminosidade é sentido em todo o planeta, especialmente nas regiões ocupadas por grandes metrópoles. Segundo o engenheiro de energia Saulo Gargaglioni, uma estimativa aponta que cerca de 1/5 da população mundial, mais de 2/3 da população dos EUA e mais da metade da população da União Europeia perderam a visibilidade a olho nu da Via Láctea.

Uma avaliação feita em Madri, nas Espanha, revelou que a poluição luminosa causada pelas luzes da cidade poderia ser sentida em um raio de 100 km. Toda a área do sul da Inglaterra, Holanda, Bélgica, Alemanha Ocidental e norte da França têm um brilho noturno entre duas e quatro vezes acima do normal. O único lugar na Europa continental onde o céu pode alcançar sua escuridão natural é no norte da Escandinávia.

Com isso, o céu das cidades tem se tornado ambientes cada dia mais “apagados” e seus moradores, cada vez mais distantes da natureza.

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Céu noturno na cidade do Novo México é exemplo do fenômeno

Impactos

E quem pensa que o problema se restringe à perda da beleza de uma noite estrelada, se engana. O excesso de luz artificial pode trazer diversos problemas para a saúde dos seres humanos e ainda causar um desequilíbrio da flora a fauna local.

Estudos apontam que a exposição à luz durante a noite pode aumentar o risco de desenvolvimento de alguns tipos de câncer, como o de mama. Isso ocorre devido à supressão da luz noturna sobre glândula pineal, reduzindo a produção do hormônio melatonina.

Esse hormônio só é sintetizado no escuro e sua produção é inversamente proporcional às exposições ambientais de luz. Por isso, sua redução tem sido altamente correlacionada com o aumento do risco da doença.

A invasão de luz nas casas devido a locais com alta iluminação noturna, como lojas e shoppings, também pode prejudicar a qualidade do sono das pessoas, levando ao estresse, insônia e outros transtornos. Motoristas podem ter sua capacidade visual reduzida por alterações bruscas de ambientes claros para escuros e vice-versa.

imagem03.jpgO excesso de iluminação noturna também pode afetar a reprodução, migração e comunicação de espécies, como aves e répteis diurnos, que caçam somente durante a noite. Pássaros atraídos pela luz dos prédios, torres de transmissão, monumentos e outras construções, voam sem cessar em torno da luz até caírem de cansaço ou pelo impacto com alguma superfície.

A iluminação artificial nas praias também pode ocasionar a desorientação de filhotes de tartarugas marinhas ao saírem dos ninhos. Normalmente, os filhotes movem-se no sentido contrário aos ambientes escuros, em direção ao oceano. Com a presença de luzes artificiais na praia, os filhotes não conseguem diferenciar os ambientes e acabam desorientados.

Até as plantas sofrem com o fenômeno. Pesquisas mostram que algumas espécies não florescem se a duração da noite é mais curta do que o período normal, enquanto outras florescem prematuramente.

Para completar o quadro, ainda existem consequências econômicas para o fenômeno. Pesquisadores norte-americanos estimam um desperdício anual de dois bilhões de dólares com iluminação ineficiente. Outro estudo mostra que um aumento de 25% na iluminação noturna, ocasiona uma perda de quase 20 milhões de dólares para a astronomia.

Planejamento e controle são as soluções

Para Gargaglioni, todas essas consequências são resultado do mau planejamento dos sistemas de iluminação. “A visibilidade do céu noturno tem sido prejudicada não só pelas luminárias das vias públicas, mas também pela iluminação ineficiente de estádios de futebol, outdoors, monumentos e fachadas de prédios”, afirma.

E para evitar a poluição, bastam alguns cuidados simples. Segundo o arquiteto Eduardo Ribeiro dos Santos, o problema pode ser controlado pelo direcionamento correto das fontes de luz, controle do ofuscamento e utilização correta das lâmpadas que podem reduzir a poluição ao mínimo.

Políticas públicas voltadas para o combate ao problema também tem sido adotadas em diversos países. Em junho de 2009, a Associação Médica dos Estados Unidos desenvolveu uma política de apoio ao controle da poluição luminosa.

No Brasil, a legislação atual ainda é muito desconhecida e pouco abrangente. As poucas leis que tratam do assunto se referem apenas a áreas de desovas de tartarugas ou de observatórios espaciais.

“Iluminar bem não é iluminar em excesso, e sim, com eficiência, e os profissionais e a comunidade em geral devem ser alertados para isso”, conclui Gargaglioni. [EcoD]

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Qual é a gravidade do vazamento de petróleo no golfo do México?


O derramamento de petróleo no Golfo do México é grave. Mas quão grave ele é? Alguns especialistas foram rápidos ao prever o apocalipse, projetando imagens cruéis com 1.600 quilômetros de águas irreparáveis e praias em risco, pesca prejudicada por várias temporadas, espécies frágeis extintas e uma indústria economicamente arrasada por anos.

O presidente Barack Obama chamou o vazamento de "um possível desastre ambiental sem precedentes." E alguns cientistas previram que o petróleo poderá se prender na correnteza do golfo, levando a destruição para a Costa Atlântica. Ainda sim a explosão da plataforma de águas profundas não é sem precedentes, nem é o pior acidente de petróleo da história. Seu impacto final dependerá de uma lista de variáveis, que incluem o clima, correntes oceânicas, as propriedades do petróleo e o sucesso ou fracasso dos esforços para estancar o fluxo.

Tragédias - Como disse um especialista, é primeira batalha desta guerra. Ninguém sabe quem vai vencer no final. O poço, do qual vazam sem parar cerca de 800.000 litros de petróleo por dia, poderia continuar aberto por anos e mesmo assim não chegaria nem perto dos 136 bilhões de litros de petróleo derramados pelas forças do Iraque quando deixaram o Kuwait em 1991. Não chega nem perto da magnitude do Ixtoc I, que explodiu na baía de Campeche, no México, em 1979, e espalhou por volta de 500 milhões de litros de petróleo antes que o poço fosse controlado.

Terá que ficar muito pior até alcançar o impacto do acidente do petroleiro Exxon Valdez em 1989, que contaminou 2.000 quilômetros de um intocado litoral e matou milhares de aves marinhas, lontras e focas, além de 250 águias e 22 orcas.

Ninguém, nem mesmo os advogados das indústrias de petróleo, está defendendo o acidente. A área contaminada do golfo continua aumentando e já foi encontrado petróleo em algumas áreas pantanosas na ponta da Louisiana. As praias e os arrecifes das ilhas de Flórida correm perigo se o óleo entrar na correnteza do golfo.

Esperança - Na segunda-feira, porém, o vento estava levando o petróleo para a direção contrária, para longe da correnteza. Os piores efeitos do vazamento ainda estão para acontecer. E se os esforços para conter o petróleo tiverem pelo menos um pouco de sucesso e o clima cooperar, o pior poderá ser evitado. "Até agora o que as pessoas estão temendo ainda não se concretizou", disse Edward B. Overton, professor de ciência ambiental da Faculdade do Estado de Louisiana e perito em vazamentos de petróleo. "Acham que será como o Exxon Valdez. Eu não imagino essa gravidade aqui a não ser que as coisas piorem muito."

Overton disse ter esperança que os esforços da British Petroleum para colocar tampas de concreto na boca do poço danificado vai funcionar, embora tenha dito se tratar de uma missão complicada e que poderia até piorar as coisas se danificar outros canos submarinos.

"O céu não está desabando", disse Quenton R. Dokken, biólogo marinho e diretor executivo da Fundação Golfo do México, um grupo de conservação em Corpus Christi, Texas. "Nós com certeza caímos em um buraco e teremos que lutar para sair dele, mas isso não significa que é o fim do Golfo do México."

Engenheiros falaram que o tipo de petróleo que sai do poço é mais leve que o grosso espalhado pelo Exxon Valdez, evapora com mais rapidez pela superfície e é mais fácil de queimar. Também aparenta responder melhor ao uso de dispersantes, que ajudam a reduzi-lo. Ainda sim o petróleo continua capaz de causa danos significativos, principalmente quando se funde com a água e forma uma espécie de mousse que flutua e pode percorrer longas distâncias.

Estrago - Jacqueline Savitz, cientista sênior da Oceana, um grupo ambiental sem fins lucrativos, disse que grande parte do estrago já está se espalhando para longe do litoral e fora da vista da vigilância aeronáutica e dos navios de pesquisa. "Algumas pessoas estão dizendo que, como ainda não atingiu a costa, está tudo bem", ela diz. "Mas muitos animais vivem no oceano, e um vazamento deste é prejudicial assim que atinge a água. Colocaram em risco as tartarugas marinhas, camarões, caranguejos e as ostras. Muitas dessas espécies já estão sendo atacadas há dez dias. Nós estamos esperando para ver como é grave quando chegar ao litoral, mas nunca saberemos os verdadeiros impactos no oceano."

O impacto econômico é tão incerto quanto os danos ambientais. Com milhões de galões na água, alguns especialistas preveem um grande dano à economia. Especialistas no Instituto de Pesquisa Harte para Estudos do Golfo do México em Corpus Christi, por exemplo, estimam que 1,6 bilhão de dólares da economia anual - incluindo o turismo, pesca e outros - estão em risco. "E essa é só a ponta do iceberg", diz David Yoskowitz, do Instituto de Economia Social. "Ainda é cedo e existem muitas chances de ocorrerem impactos negativos."

Até quando? - O golfo não é um ambiente primitivo e já sobreviveu a problemas crônicos e agudos de poluição anteriormente. Refinarias e indústrias químicas que cruzam a costa do México até o Mississipi derramam incontáveis litros de poluentes na água.

Após o derramamento do Ixtox a 31 anos atrás, o segundo maior da história, o golfo ricocheteou. Em três dias houve um pequeno rastro do vazamento fora da costa mexicana, agravado por um acidente com um petroleiro no golfo poucos meses depois, que liberou quase 10 milhões de litros, segundo especialistas. "O golfo é tremendamente vivo", disse Dokken. "Mas nós sempre temos que nos perguntar o quanto podemos aguentar de desastres como esse e nos recuperarmos. Como cientista, preciso reconhecer que simplesmente não sei."