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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

CORREIOS USARÃO CARRO ELÉTRICO PARA ENTREGAR SEDEX EM SP


São Paulo - A CPFL Energia e os Correios assinaram, na última quinta-feira (21), um contrato para a utilização de veículo elétrico na entrega de Sedex em Campinas (SP). A parceria é uma das primeiras iniciativas do gênero no país e coloca as duas empresas na dianteira de soluções sustentáveis na prestação de serviços.

O veículo utilitário Aris, fabricado especialmente para a CPFL Energia pela Edra Automotores, será testado pelos Correios por um período de até seis meses. Ele percorrerá, diariamente, cerca de 70 quilômetros pelas ruas e avenidas do bairro Taquaral, um dos mais populosos de Campinas, entregando, em média, 200 documentos Sedex. Um motorista especialmente escolhido pelos Correios passou por treinamentos para que pudesse dirigir com total segurança e autonomia. Ele será o único condutor do Aris durante o período de empréstimo. O carregamento, em tomada comum, será feito duas vezes ao dia.

"Estamos abrindo portas para a utilização maciça desses veículos, que têm como principal característica a emissão zero de gases de efeito estufa", explica Paulo Cezar Coelho Tavares, vice-presidente de Gestão de Energia da CPFL, lembrando que o custo por quilômetro rodado é de, aproximadamente, R$ 0,04, ou seja, 25% mais econômico que um veículo a gasolina.

Para José Osvaldo Fontoura de Carvalho Sobrinho, diretor de Tecnologia e de Infraestrutura dos Correios, "a ideia é incorporar mais protótipos Aris à frota após o período de testes'.

O modelo do veículo é Aris com velocidade média de 65 km/h e autonomia entre 90 km e 120 km. Capacidade de 350 kg e dois passageiros. A carga horária de utilização do veículo é de aproximadamente sete horas por dia.

Fonte: Revista Exame

O que acham dessa ideia?

Descarte certo



Com atitude e consciência, podemos combater o excesso de lixo tóxico que vem provocando danos à saúde do planeta

Sabe aquela geladeira antiga que você não usa mais? Ou mesmo os aparelhos eletrônicos deixados de lado? Ah, sem contar as pilhas e baterias aposentadas e os remédios vencidos? Se não bastasse a dúvida sobre o que fazer com essas coisas todas, ainda temos de tratá-las com cuidados especiais. “Por conterem substâncias tóxicas, quando descartados de forma incorreta no meio ambiente, esses e outros itens, como óleo de cozinha e lâmpadas, contaminam o solo e a água”, explica a doutora em engenharia química Carolina Afonso Pinto, formada pela Universidade de São Paulo (USP).

“Para quem não recebe água tratada, a opção é captar de rios ou do lençol freático através de poços artesanais. É aí que mora o perigo”, alerta. Como a maioria desses objetos ainda é eliminada junto com o lixo comum nos chamados “lixões”, o impacto é certeiro. “Não há nenhum controle sobre eles, o que amplia a proliferação de gases tóxicos e líquidos poluentes, como o chorume. O resultado são as doenças, além de solo e ar poluídos”, declara Jorge Tenório, professor titular de engenharia de materiais da Universidade de São Paulo (USP). Como isso pode se agravar e nos trazer problemas futuros? Basta olhar ao redor e ver a multidão de pessoas consumindo sem parar. E o pior: sem saber o que fazer com o que possuem. “Produzimos três vezes mais lixo eletrônico do que lixo comum, que já é insustentável ao planeta”, fala Heloisa Mello, diretora de operações do Instituto Akatu, em São Paulo.

“Consumimos 30% além do que o mundo pode renovar, por isso entramos em uma espécie de cheque especial para sobreviver”, conta Heloisa. Exagero? Não quando observamos a quantidade de novidades lançadas a cada dia. “O consumo hoje é descartável. Os produtos têm pouca durabilidade e essa troca é intensa e rápida”, completa. O alerta nos convida a uma reflexão sobre o futuro de nossas ações daqui para frente. “Não podemos deixar para quando sentirmos na pele o problema. É melhor prevenir do que ter de tomar medidas mais duras depois”, reforça Dinah Monteiro Lessa, diretora do Instituto Recicle, em São Paulo.

CONSUMO CONSCIENTE
Pare e pense em quantos objetos você compra, usa e joga for a diariamente. Saberia dizer quais eram realmente necessários? Você usou-os no mesmo instante ou só depois de semanas ou meses? Essas perguntas podem até parecer simples, mas ajudam muito na hora da decisão. “Devemos pensar no descarte assim que escolhemos o produto”, avisa Heloisa Mello. “O ideal é priorizar os que tenham durabilidade e uso imediato.

Além disso, dê preferência às empresas que os fabricam com sustentabilidade”, reforça Dinah Monteiro Lessa. Por exemplo, observar se as embalagens são feitas de materiais recicláveis e se a empresa as recolhe quando perdem a utilidade já ajuda nessa missão. “As pequenas atitudes individuais resultarão em grande diferença. Se cada um fizer a sua parte, a consequência será gigantesca”, ressalta Heloisa Mello.

O esforço de todos colabora e, com a nova lei de resíduos sólidos, o caminho começa a ser traçado de forma mais rápida. Agora, os fabricantes de eletrônicos, eletrodomésticos,lâmpadas, óleos lubrificantes, pilhas e baterias deverão recolher seus produtos após o término de sua vida útil. Nas páginas a seguir,você verá como descartar de forma adequada todos os tipos de lixo tóxico, incluindo os remédios. Veja aqui algumas indicações e consulte no site da revista Bons Fluidos uma lista mais ampla dos locais que recebem esses materiais.

CADA UM NO SEU LUGAR
PILHAS E BATERIAS
Se fizer um passeio rápido pela sua casa e visitar quartos, cozinha, sala e banheiro, talvez você não perceba que todos esses ambientes têm objetos que trazem algo em comum: pilhas ou baterias. Independentemente do tipo ou do tamanho, o estrago que esses itens causam à natureza e ao homem vem dos metais cádmio, chumbo e mercúrio. Quando entram em contato com o solo, a contaminação é certa e se estende às plantas e animais que vivem nesses locais. O mesmo raciocínio vale para nós, uma vez que, eventualmente, podemos ingerir alimentos contaminados em algum momento da cadeia produtiva.
Onde estão: controles remotos, filmadoras, máquinas fotográficas, telefones fixos e sem fio, celulares, mp3s, barbeadores, brinquedos, lanternas, rádios, notebooks, calculadoras, aparelhos de DVD, relógios e outros produtos que usem pilhas ou baterias comuns e recarregáveis.
Como descartar: envolva a pilha ou a bateria em um saco plástico, separando-o do lixo comum, e deposite em postos de coleta específicos.

Poluição luminosa “apaga” as estrelas e desequilibra os ecossistemas das cidades


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Criadores do Stellarium ranquearam os níveis de visibilidade de estrelas no céu/Foto: Divulgação

Há quanto tempo você não pára e contempla demoradamente um céu estrelado? Pense um pouco e reflita qual foi a última vez que você contou estrelas ou tentou identificar as constelações em uma noite escura. Ou melhor, pergunte a alguma criança se alguma vez na vida ela já viu uma estrela cadente. Cada vez mais, cenas como essas tem sido vistas apenas em filmes, novelas e comerciais de TV.

Com a evolução das cidades o homem tem se afastado do contato com a natureza e coisas banais, como olhar para o céu, se tornou algo distante da nossa rotina. Mas não pense que a culpa é exclusiva do nosso estilo de vida moderno. Além da correria do dia a dia e do excesso de espaços fechados, outro problema tem feito com que as pessoas não enxerguem mais tantas estrelas no céu: a poluição luminosa das grandes cidades.

Qualquer um pode perceber esse fenômeno. Basta olha de longe para um centro urbano para ver um clarão laranja envolvendo a cidade. Esse é um sinal do excesso de lâmpadas de vapor de sódio presentes por ali.

Esse brilho no céu, causado pelo excesso de luzes direcionadas para cima, é o grande responsável pelo ofuscamento das estrelas que estão mais próximas ou um pouco acima da linha do horizonte.

Os impactos desse excesso de luminosidade é sentido em todo o planeta, especialmente nas regiões ocupadas por grandes metrópoles. Segundo o engenheiro de energia Saulo Gargaglioni, uma estimativa aponta que cerca de 1/5 da população mundial, mais de 2/3 da população dos EUA e mais da metade da população da União Europeia perderam a visibilidade a olho nu da Via Láctea.

Uma avaliação feita em Madri, nas Espanha, revelou que a poluição luminosa causada pelas luzes da cidade poderia ser sentida em um raio de 100 km. Toda a área do sul da Inglaterra, Holanda, Bélgica, Alemanha Ocidental e norte da França têm um brilho noturno entre duas e quatro vezes acima do normal. O único lugar na Europa continental onde o céu pode alcançar sua escuridão natural é no norte da Escandinávia.

Com isso, o céu das cidades tem se tornado ambientes cada dia mais “apagados” e seus moradores, cada vez mais distantes da natureza.

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Céu noturno na cidade do Novo México é exemplo do fenômeno

Impactos

E quem pensa que o problema se restringe à perda da beleza de uma noite estrelada, se engana. O excesso de luz artificial pode trazer diversos problemas para a saúde dos seres humanos e ainda causar um desequilíbrio da flora a fauna local.

Estudos apontam que a exposição à luz durante a noite pode aumentar o risco de desenvolvimento de alguns tipos de câncer, como o de mama. Isso ocorre devido à supressão da luz noturna sobre glândula pineal, reduzindo a produção do hormônio melatonina.

Esse hormônio só é sintetizado no escuro e sua produção é inversamente proporcional às exposições ambientais de luz. Por isso, sua redução tem sido altamente correlacionada com o aumento do risco da doença.

A invasão de luz nas casas devido a locais com alta iluminação noturna, como lojas e shoppings, também pode prejudicar a qualidade do sono das pessoas, levando ao estresse, insônia e outros transtornos. Motoristas podem ter sua capacidade visual reduzida por alterações bruscas de ambientes claros para escuros e vice-versa.

imagem03.jpgO excesso de iluminação noturna também pode afetar a reprodução, migração e comunicação de espécies, como aves e répteis diurnos, que caçam somente durante a noite. Pássaros atraídos pela luz dos prédios, torres de transmissão, monumentos e outras construções, voam sem cessar em torno da luz até caírem de cansaço ou pelo impacto com alguma superfície.

A iluminação artificial nas praias também pode ocasionar a desorientação de filhotes de tartarugas marinhas ao saírem dos ninhos. Normalmente, os filhotes movem-se no sentido contrário aos ambientes escuros, em direção ao oceano. Com a presença de luzes artificiais na praia, os filhotes não conseguem diferenciar os ambientes e acabam desorientados.

Até as plantas sofrem com o fenômeno. Pesquisas mostram que algumas espécies não florescem se a duração da noite é mais curta do que o período normal, enquanto outras florescem prematuramente.

Para completar o quadro, ainda existem consequências econômicas para o fenômeno. Pesquisadores norte-americanos estimam um desperdício anual de dois bilhões de dólares com iluminação ineficiente. Outro estudo mostra que um aumento de 25% na iluminação noturna, ocasiona uma perda de quase 20 milhões de dólares para a astronomia.

Planejamento e controle são as soluções

Para Gargaglioni, todas essas consequências são resultado do mau planejamento dos sistemas de iluminação. “A visibilidade do céu noturno tem sido prejudicada não só pelas luminárias das vias públicas, mas também pela iluminação ineficiente de estádios de futebol, outdoors, monumentos e fachadas de prédios”, afirma.

E para evitar a poluição, bastam alguns cuidados simples. Segundo o arquiteto Eduardo Ribeiro dos Santos, o problema pode ser controlado pelo direcionamento correto das fontes de luz, controle do ofuscamento e utilização correta das lâmpadas que podem reduzir a poluição ao mínimo.

Políticas públicas voltadas para o combate ao problema também tem sido adotadas em diversos países. Em junho de 2009, a Associação Médica dos Estados Unidos desenvolveu uma política de apoio ao controle da poluição luminosa.

No Brasil, a legislação atual ainda é muito desconhecida e pouco abrangente. As poucas leis que tratam do assunto se referem apenas a áreas de desovas de tartarugas ou de observatórios espaciais.

“Iluminar bem não é iluminar em excesso, e sim, com eficiência, e os profissionais e a comunidade em geral devem ser alertados para isso”, conclui Gargaglioni. [EcoD]

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Qual é a gravidade do vazamento de petróleo no golfo do México?


O derramamento de petróleo no Golfo do México é grave. Mas quão grave ele é? Alguns especialistas foram rápidos ao prever o apocalipse, projetando imagens cruéis com 1.600 quilômetros de águas irreparáveis e praias em risco, pesca prejudicada por várias temporadas, espécies frágeis extintas e uma indústria economicamente arrasada por anos.

O presidente Barack Obama chamou o vazamento de "um possível desastre ambiental sem precedentes." E alguns cientistas previram que o petróleo poderá se prender na correnteza do golfo, levando a destruição para a Costa Atlântica. Ainda sim a explosão da plataforma de águas profundas não é sem precedentes, nem é o pior acidente de petróleo da história. Seu impacto final dependerá de uma lista de variáveis, que incluem o clima, correntes oceânicas, as propriedades do petróleo e o sucesso ou fracasso dos esforços para estancar o fluxo.

Tragédias - Como disse um especialista, é primeira batalha desta guerra. Ninguém sabe quem vai vencer no final. O poço, do qual vazam sem parar cerca de 800.000 litros de petróleo por dia, poderia continuar aberto por anos e mesmo assim não chegaria nem perto dos 136 bilhões de litros de petróleo derramados pelas forças do Iraque quando deixaram o Kuwait em 1991. Não chega nem perto da magnitude do Ixtoc I, que explodiu na baía de Campeche, no México, em 1979, e espalhou por volta de 500 milhões de litros de petróleo antes que o poço fosse controlado.

Terá que ficar muito pior até alcançar o impacto do acidente do petroleiro Exxon Valdez em 1989, que contaminou 2.000 quilômetros de um intocado litoral e matou milhares de aves marinhas, lontras e focas, além de 250 águias e 22 orcas.

Ninguém, nem mesmo os advogados das indústrias de petróleo, está defendendo o acidente. A área contaminada do golfo continua aumentando e já foi encontrado petróleo em algumas áreas pantanosas na ponta da Louisiana. As praias e os arrecifes das ilhas de Flórida correm perigo se o óleo entrar na correnteza do golfo.

Esperança - Na segunda-feira, porém, o vento estava levando o petróleo para a direção contrária, para longe da correnteza. Os piores efeitos do vazamento ainda estão para acontecer. E se os esforços para conter o petróleo tiverem pelo menos um pouco de sucesso e o clima cooperar, o pior poderá ser evitado. "Até agora o que as pessoas estão temendo ainda não se concretizou", disse Edward B. Overton, professor de ciência ambiental da Faculdade do Estado de Louisiana e perito em vazamentos de petróleo. "Acham que será como o Exxon Valdez. Eu não imagino essa gravidade aqui a não ser que as coisas piorem muito."

Overton disse ter esperança que os esforços da British Petroleum para colocar tampas de concreto na boca do poço danificado vai funcionar, embora tenha dito se tratar de uma missão complicada e que poderia até piorar as coisas se danificar outros canos submarinos.

"O céu não está desabando", disse Quenton R. Dokken, biólogo marinho e diretor executivo da Fundação Golfo do México, um grupo de conservação em Corpus Christi, Texas. "Nós com certeza caímos em um buraco e teremos que lutar para sair dele, mas isso não significa que é o fim do Golfo do México."

Engenheiros falaram que o tipo de petróleo que sai do poço é mais leve que o grosso espalhado pelo Exxon Valdez, evapora com mais rapidez pela superfície e é mais fácil de queimar. Também aparenta responder melhor ao uso de dispersantes, que ajudam a reduzi-lo. Ainda sim o petróleo continua capaz de causa danos significativos, principalmente quando se funde com a água e forma uma espécie de mousse que flutua e pode percorrer longas distâncias.

Estrago - Jacqueline Savitz, cientista sênior da Oceana, um grupo ambiental sem fins lucrativos, disse que grande parte do estrago já está se espalhando para longe do litoral e fora da vista da vigilância aeronáutica e dos navios de pesquisa. "Algumas pessoas estão dizendo que, como ainda não atingiu a costa, está tudo bem", ela diz. "Mas muitos animais vivem no oceano, e um vazamento deste é prejudicial assim que atinge a água. Colocaram em risco as tartarugas marinhas, camarões, caranguejos e as ostras. Muitas dessas espécies já estão sendo atacadas há dez dias. Nós estamos esperando para ver como é grave quando chegar ao litoral, mas nunca saberemos os verdadeiros impactos no oceano."

O impacto econômico é tão incerto quanto os danos ambientais. Com milhões de galões na água, alguns especialistas preveem um grande dano à economia. Especialistas no Instituto de Pesquisa Harte para Estudos do Golfo do México em Corpus Christi, por exemplo, estimam que 1,6 bilhão de dólares da economia anual - incluindo o turismo, pesca e outros - estão em risco. "E essa é só a ponta do iceberg", diz David Yoskowitz, do Instituto de Economia Social. "Ainda é cedo e existem muitas chances de ocorrerem impactos negativos."

Até quando? - O golfo não é um ambiente primitivo e já sobreviveu a problemas crônicos e agudos de poluição anteriormente. Refinarias e indústrias químicas que cruzam a costa do México até o Mississipi derramam incontáveis litros de poluentes na água.

Após o derramamento do Ixtox a 31 anos atrás, o segundo maior da história, o golfo ricocheteou. Em três dias houve um pequeno rastro do vazamento fora da costa mexicana, agravado por um acidente com um petroleiro no golfo poucos meses depois, que liberou quase 10 milhões de litros, segundo especialistas. "O golfo é tremendamente vivo", disse Dokken. "Mas nós sempre temos que nos perguntar o quanto podemos aguentar de desastres como esse e nos recuperarmos. Como cientista, preciso reconhecer que simplesmente não sei."

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Líder dos céticos do aquecimento global muda de opinião


Conhecido como “Hitler do Clima”, o mais famoso cético do aquecimento global, o dinamarquês Bjorn Lomborg, anunciou ao jornal britânico The Guardian na terça-feira, 31 de agosto, que mudou de opinião, e agora lutará contra as mudanças climáticas. A notícia causou surpresa na comunidade científica, acostumada com o barulho causado pelo dinamarquês.

Lomborg lançará um livro em outubro no qual um grupo de economistas e ele destacam a necessidade de que os países desenvolvidos injetem US$ 100 bilhões por ano para que iniciativas como as energias renováveis tragam resultados.

Antes de “virar a casaca”, o estatístico ficou mundialmente conhecido por meio da obraO Ambientalista Cético, além das entrevistas e palestras realizadas depois da publicação do livro. Lomborg sempre defendeu que o custo para combater o aquecimento era alto demais quando comparado com o benefício de ter um mundo “ligeiramente menos quente no futuro”. A conta referente ao controle do superaquecimento do planeta não fechava, na concepção do matemático.

Segundo o discurso antigo de Lomborg, o ritmo do aquecimento e seus efeitos sobre as pessoas eram exagerados pelos cientistas “pró-clima” e pelo lobby dos que se beneficiariam com investimentos pesados em ações como limpar a matriz enérgica, por exemplo.

Mudança

Apesar da mudança brusca de bandeira, Lomborg negou no The Guardian que tenha feito uma reviravolta. Ele destacou que “sempre aceitou a existência do efeito humano no aquecimento global” e que o importante, agora, é ver onde se deve gastar dinheiro para combatê-lo.

O anúncio do dinamarquês foi feito um dia depois da divulgação da revisão do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, na sigla em inglês), feita por um grupo de 12 cientistas independentes a pedido da Organização das Nações Unidas (ONU).

De acordo com os cientistas do InterAcademy Council (IAC), o IPCC precisa passar por mudanças de gestão e na metodologia da coleta de informações. No último relatório produzido pelos climatologistas ligados ao painel, de 2007, constou que as geleiras do Himalaia desapareceriam até 2035, informação que a própria ONU admitiu ser imprecisa.

À época, Lomborg criticou severamente a projeção, ao argumentar que mesmo que o degelo ocorresse, o fenômeno seria benéfico, pois aumentaria a quantidade de água disponível no verão para China e Índia. Ao menos nesse ponto o ex-cético não mudou de opinião. Ele garantiu que pretende continuar criticando as contas do Himalaia, mas, sem desprezar as recomendações do IPCC.


Fonte: Ecoplanet

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Cidade multará morador que não separar o lixo doméstico



A cidade norte-americana de Cleveland decidiu incentivar os moradores a reciclarem seu lixo doméstico de uma forma peculiar: irá instalar latas de lixo “inteligentes” nas casas de 25 mil famílias e fiscalizar quem está jogando seus resíduos nos locais adequados. Mas não pense que a atitude é voluntária. Quem não colaborar com a iniciativa pode levar uma multa de US$ 100,00.

O programa funciona da seguinte forma: um chip instalado em cada coletor é capaz de medir a frequência com que o lixo é depositado no local. Caso os donos da casa deixem de jogar seus materiais recicláveis no recipiente adequado por algumas semanas, um representante da prefeitura irá revistar seu lixo normal em busca de recicláveis.

Caso o funcionário encontre mais de 10% de matérias como papel, plástico, vidro e metal misturados ao lixo comum, o morador poderá ser multado. A medida é baseada na ideia de que, se os moradores não estão jogando os materiais recicláveis no local adequando, é porque não os estão separando corretamente.

Com isso, essa espécie de “Big Brother da coleta seletiva” pretende reverter o quadro da reciclagem da cidade, que em 2009, enviou 220 mil toneladas de lixo para aterros sanitários e reciclou apenas 5.800 toneladas de materiais.

Além da preservação ambiental

E quem pensa que o motivo que levou a prefeitura a investir US$ 2.5 milhões nos equipamentos foi apenas preservação ambiental, está enganado. Segundo o comissário da coleta de lixo da cidade, Ronnie Owens, a intenção é transformar o que iria para o lixo em verba para o município.

Ele afirmou ainda que Cleveland paga U$ 30,00 por cada tonelada de lixo que precisa ser despejada em aterros, enquanto recebe U$ 26,00 por cada tonelada de recicláveis. “Nós queremos garantir que a cidade fique limpa”, disse Owens. “O objetivo das multas é ajudar-nos a mudar a atitude ou a percepção dos moradores de como as coisas devem ser feitas”, diz.

O programa da prefeitura, que começou em 2007 com 15 mil casas, pretende atingir 105 mil famílias nos próximos anos.

Fonte: Eco4planet

Você acha que essa atitude daria certo no Brasil?

Consciente Coletivo

HORÁRIO DE VERÃO ECONOMIZARÁ 5% DE ENERGIA


O horário de verão poderá proporcionar ao país uma redução de cerca de 5% no consumo de energia durante o período em que os relógios estarão adiantados em uma hora.

Nos últimos dez anos, a adoção da medida proporcionou uma redução média de 4,7% na demanda por energia no horário de maior consumo, segundo o Ministério de Minas e Energia.

O próximo período do horário de verão vai de 17 de outubro próximo a 20 de fevereiro de 2011. No ano passado, o horário de verão teve início no dia 18 de outubro de 2009 e vigorou até o dia 21 de fevereiro último. O principal resultado foi a redução na demanda de energia elétrica de aproximadamente 4,4% no Sudeste e Centro-Oeste e de 4,5% no Sul.

Para o coordenador do Grupo de Estudos do Setor de Energia Elétrica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel-UFRJ), Nivalde de Castro, o horário de verão é uma medida positiva, pois a economia de energia corresponde ao crescimento de um ano na geração de energia elétrica do país. “Isso é uma vantagem muito grande, porque permite que o Brasil não precise investir em novas hidrelétricas e termelétricas.”

O horário de verão é adotado sempre nesta época do ano por causa do aumento na demanda por energia, que é resultado do calor e do crescimento da produção industrial às vésperas do Natal. Neste período, os dias têm maior duração por causa da posição da Terra em relação ao Sol, e a luminosidade natural pode ser mais bem aproveitada.

No Brasil, o horário de verão foi instituído pela primeira vez no verão de 1931/1932 pelo então presidente Getúlio Vargas e durou quase meio ano. Atualmente, vários países fazem mudança no horário convencional para aproveitar melhor a luminosidade do verão.

Desde 2008, foram estabelecidas datas fixas para o início e término do horário de verão no país: a mudança ocorre no terceiro domingo de outubro e termina no terceiro domingo de fevereiro. Se a data coincidir com o domingo de carnaval, o final do horário de verão é transferido para o domingo seguinte.