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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Gás de Xisto no Brasil também?

Olá pessoal,
Recentemente participei de um Seminário na Câmara de Vereadores sobre o Gás de Xisto, onde houve a excelente explanação do prof. Luiz Fernando Scheibe, que apresentou sobre esse assunto.

Você já ouviu falar sobre o Gás de Xisto, Fraturamento hidráulico?
Coiscidentemente ou não, assisti no último final de semana um filme que abordava exatamente essa preocupação.

Sendo assim, coloco uma matéria abaixo para iniciar nosso conhecimento e o filme que elucida um pouco dessa problemática.



Exploração das novas fronteiras de gás não convencional pode começar em 2014, mas não representa solução de curto prazo.
A petroleira Petra Energia comunicou na última quarta-feira (22/5) à Agência Nacional do Petróleo (ANP) mais uma descoberta de gás natural na Bacia de São Francisco, norte de Minas Gerais, aumentando a esperança dos entusiastas da exploração de reservas não convencionais de gás no Brasil.
As operações da Petra devem inaugurar a busca pelo gás de xisto, combustível apontado como a redenção para os problemas econômicos dos Estados Unidos, com a promessa de garantir a independência energética e a atração de uma série de investimentos industriais.
A empresa se associou à americana FTS International, especializada na tecnologia de fraturamento hidráulico, usada para extrair o gás de xisto, e pretende iniciar as atividades em 2014.
Especialistas consultados pelo Brasil Econômico, porém, sugerem cautela com as expectativas sobre a nova fronteira energética, que tem provocado grande polêmica ao redor do mundo devido aos riscos ambientais.
O consenso é que a nova fronteira não terá os mesmos efeitos positivos sobre o Brasil, que já tem grandes reservas de gás mas sofre com a falta de infraestrutura de transporte do produto.
"A situação do Brasil é completamente diferente dos Estados Unidos.Temos grandes reservas descobertas, mas não temos infraestrutura", diz o consultor Jean-Paul Prates.
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) já anunciou que pretende licitar algumas áreas com potencial para gás não convencional em um leilão específico para busca por reservas de gás, previsto para o final do ano. Mas até agora, há uma série de questões regulatórias e ambientais a respeito do uso da tecnologia de fraturamento hidráulico ainda não respondidas.
"O assunto é novo e, por isso, estamos discutindo os impactos. Não podemos ainda dizer se vamos conceder licença ou não vamos", diz o analista ambiental Luciano Junqueira de Melo, da Superintendência Regional de Regularização Ambiental da região central de Minas Gerais, onde a Petra e a FTS devem iniciar as operações.
A advogada Maria Alice Doria, do escritório Doria, Jacobina e Gondinho Advogados, ressalta que as empresas interessadas na exploração de xisto podem ter dificuldades também para obedecer a diferentes marcos regulatórios, dos setores de petróleo, de mineração e das águas - uma vez que a perfuração de um poço consome entre 10 e 15 milhões de litros de água, o suficiente para encher entre 300 e 500 caminhões-pipa de grande porte.
Nos Estados Unidos, diz Prates, incentivos fiscais, décadas de dependência energética, estrutura legal regionalizada e, principalmente, o fato de de os proprietários de terra serem donos das reservas - e ganharem muito dinheiro com a exploração - facilitaram a difusão da polêmica tecnologia.
"O Brasil tem grandes descobertas de gás a desenvolver, como o pré-sal e a Bacia do Parnaíba, antes de pensar no gás de xisto", comenta o presidente da Energia do Rio, Luiz Costamillan.
De fato, a Petrobras estima que o Brasil chegará a 2020 com um excedente de 30 milhões de metros cúbicos por dia, o equivalente ao volume importado atualmente da Bolívia.
"Os grandes desafios do Brasil estão acima do solo, não são questões geológicas",afirma Costamillan, lembrando que, nos Estados Unidos, a extensa malha de gasodutos e a carga tributária contribuem para que o gás chegue mais barato ao consumidor. O território americano é cortado por 500 mil quilômetros de gasodutos, rede 50 vezes mais extensa do que a brasileira.
Além de pequena, a malha brasileira é dominada pela Petrobras, dificultando a entrada de novos agentes, diz Prates. Por falta de infraestrutura de transporte, as petroleiras preferem produzir energia com as reservas de gás, ao invés de vender à indústria, aproveitando-se da rede de transmissão de eletricidade. A extensão da rede é apontada pelo BNDES, em estudo sobre o tema, como uma das principais medidas para o barateamento do preço do gás no país.

Novo sistema de coleta de resíduo orgânico em Chapecó


Recentemente Chapecó conta com o novo sistema de coleta de resíduo orgânico. Abaixo apresento uma reportagem da Prefeitura Municipal explicando essa mudança.  Depois de já estar funcionando a mais de dois meses, quais suas percepções sobre esse sistema de coleta? Quais pontos positivos? Quais negativos?


Prefeitura de Chapecó inicia sistema pioneiro de coleta de lixo orgânico

Créditos: texto Vanessa Hubner / fotos Mauri Oliveira / divulgação PMA

Os 400 contêineres novos para o lixo orgânico começam a ser instalados na manhã desta quinta-feira (01) em Chapecó. Os recipientes de aço galvanizado são de tecnologia italiana e receberam a cor verde. Eles serão distribuídos no centro de Chapecó onde existe maior concentração de moradores (mapa da área de abrangência no folder em anexo). Os pontos foram definidos com base em um levantamento prévio realizado pela empresa que irá operar o sistema, a TOS – Obras e Serviços Ambientais Ltda. No projeto-piloto, cerca de 50 mil moradores serão beneficiados.

O recolhimento do lixo úmido será feito por caminhões compactadores, equipados com braços mecânicos. Sob o comando de um motorista, o sistema descarrega o conteúdo e deixa o contêiner no mesmo lugar. Em seguida, passa outro caminhão para fazer a higienização interna e externa com um jato d’água.

A poluição visual e ambiental, o entupimento de bueiros e alagamentos, o mau cheiro e os animais vasculhando o lixo são realidades que ainda existem e que a coleta automatizada busca solucionar. Logo, a eficiência do sistema vai depender da colaboração da população. “Estamos modernizando a coleta, contribuindo para tornar a cidade mais limpa, por isso é fundamental o compromisso do morador para a eficiência do processo”, destaca o Prefeito de Chapecó, José Caramori.

A coleta automatizada chega para reduzir a quantidade de lixo nas ruas, trazer eficiência, higiene, minimizar riscos à saúde pública e contribuir com o meio ambiente. Chapecó é o primeiro município de Santa Catarina a adotar o sistema - referência em grandes cidades da América do Sul e da Europa.

O novo sistema de coleta na área central não altera o recolhimento do lixo orgânico nos demais bairros da cidade, nem a coleta seletiva, do lixo reciclável, em todo o território municipal.

Os contêineres atuais, utilizados na coleta convencional e instalados no centro da cidade, serão usados agora na coleta seletiva. De forma gradativa, eles serão removidos, higienizados, pintados na cor laranja e instalados ao lado dos contêineres novos.

As lixeiras particulares instaladas nas calçadas e canteiros centrais devem ser retiradas pelos moradores até o dia oito de agosto, quinta-feira da próxima semana. Caso contrário, a Secretaria de Serviços Urbanos e Infraestrutura irá remover.

O investimento na nova tecnologia é de responsabilidade da empresa. Foram investidos R$ 4,8 milhões com o novo sistema. A ordem de serviço à empresa TOS foi assinada no dia 15 de julho.

Hoje são recolhidas por mês em Chapecó, aproximadamente 3.600 toneladas. Na área de abrangência da coleta automatizada, a empresa prevê um recolhimento mensal de aproximadamente 30% desse montante.