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quarta-feira, 20 de junho de 2012

Vik Muniz convoca público para participar de montagem de obra de arte




Projected image of Guanabara Bay starts to take shape
Foto: Agência O Globo / Eduardo Naddar

Além de debates e atividades culturais, quem visitar a Cúpula dos Povos terá possibilidade de acompanhar e participar da montagem de uma obra de arte. No clima da Rio+20, o artista plástico Vik Muniz reproduziu seu galpão no Aterro do Flamengo e convoca o público para o Projeto Paisagem. No local, com 1.200 metros, os visitantes têm a oportunidade de preencher uma imagem da Baía de Guanabara - que teve como base uma fotografia tirada pelo próprio artista, em 2009, do Mirante Dona Marta - com latinhas e garrafas pet. Para o painel de 20X30 metros ficar pronto, serão necessárias de duas a quatro toneladas de lixo reciclável. O projeto Paisagem é uma realização do jornal O GLOBO, do Ministério do Meio Ambiente e da Coca-Cola.
Depois de pronta, a imagem será projetada no chão. Quem quiser participar tem até o dia 21, quando a obra fica pronta. No dia 22, ela estará disponível apenas para visitação. O galpão está localizado entre o MAM e o aeroporto Santos Dumond e fica aberto das 11h às 17h. A expectativa é que cerca de mil pessoas passem pelo local diariamente.



Fonte: Globo.com

Entenda a Rio + 20 em 1 minuto




Acesse o site:
http://g1.globo.com/natureza/rio20/entenda-a-rio20/platb/

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Marina Silva critica consumismo e posição do Brasil na Rio+20


A Rio+20 ainda não começou oficialmente, mas os debates sobre um futuro mais sustentável já apresentam uma prévia do que devem ser as discussões entre as lideranças globais. Em palestra realizada durante a TEDxRio+20, na última segunda-feira (11), a ex-ministra do meio ambiente Marina Silva falou sobre a importância da mudança na mentalidade e no comportamento das autoridades e da própria sociedade.
Para ela, é preciso ir muito além dos ganhos econômicos para que as nações realmente alcancem o desenvolvimento sustentável. Marina também exaltou a necessidade de frear o consumismo exacerbado. “É preciso valorizar o ser, e não o ter. Vivemos o mal do excesso, o que nos falta é ‘a falta da falta’. Estamos consumindo o nosso planeta. A humanidade tem de se reencontrar com sua infância civilizatória. O modelo sustentável é usar com sabedoria recursos de milhares de anos”.
Durante a sua participação no evento de tecnologia, entretenimento e design que antecede a Rio+20, a ex-senadora ainda falou sobre as decisões tomadas pela presidente Dilma Rousseff. Marina foi indaga sobre a possibilidade de voltar a ser ministra do Meio Ambiente e a resposta foi uma condicional: “Se a presidente Dilma resolver corrigir os rumos do seu governo, e ainda há tempo, e refazer o caminho do retrocesso e assumir novos compromissos, pode ter certeza de que a minha posição será favorável”.
O ponto mais criticado pela ex-senadora foi em relação ao Código Florestal que, mesmo tendo vetos presidenciais, não agrada aos ambientalistas. Ainda assim, Marina deixou claro que não espera ser convidada para ocupar novamente o cargo e que agora pretende dar a sua contribuição através da sociedade.
As críticas se estenderam à posição do Brasil na Rio+20. Para Marina, o país não está tomando a frente do evento, como deveria ocorrer. Segundo ela, as autoridades nacionais estão ignorando temas importantes que devem ser debatidos. “Porque [o Brasil] reduziu o debate a uma discussão sobre economia, desenvolvimento social e governança separados de ecologia e subtraindo os temas ambientais.” Com informações do G1 e daFolha.
Redação CicloVivo

segunda-feira, 11 de junho de 2012

20 anos depois, a "menina que calou o mundo" volta ao Brasil


Há duas décadas uma garotinha canadense de 12 anos discursava perante autoridades mundiais, cobrando mudanças nas atitudes e maior cuidado com as causas ambientais. Essa era Severn Cullis-Suzuki, mais conhecida como “a garota que calou o mundo por cinco minutos”.
A participação de Severn na Eco92 é lembrada até hoje e representa a preocupação das novas gerações com o futuro de todos. Neste ano, a canadense volta ao Brasil  para participar da Rio+20 e dar continuidade ao trabalho que vemdesenvolvendo na área ambiental desde que ainda era uma criança.
O jornal Folha de S. Paulo conseguiu uma entrevista exclusiva com Severn, que hoje é mãe de dois filhos, apresentadora de um programa canadense e educadora ambiental. Durante a conversa ela explicou que a oportunidade para discursar na Eco92 surgiu após um esforço feito por ela e um grupo de amigas que formavam a ECO (Environmental Children’s Organization). Juntas as garotas conseguiram arrecadar fundos com a comunidade em que moravam, no Canadá, para que fosse possível viajar ao Rio e participar do Fórum Global, em que elas foram inscritas como ONG e aproveitaram a oportunidade para falar sobre meio ambiente com muitas pessoas.
Esta iniciativa fez com que a Unicef se interessasse pelo trabalho e oferece uma oportunidade para que uma delas representasse a ECO em um discurso às autoridades. Severn foi escolhida e as suas palavras marcaram profundamente as pessoas presentes e ainda hoje emocionam quem a vê através do vídeo disponível na internet.
Após 20 anos desde a preleção da canadense, muitas coisas mudaram. Segundo ela, na década de 90 as questões ambientais foram deixadas de lado. Nos últimos anos, devido às crises econômicas e à mudança climática o assunto voltou a ganhar espaço e ser discutido. Além disso, ela acredita que a facilidade com que as informações são compartilhadas através da internet pode “inspirar a verdadeira mudança no século 21”.
No entanto, os sistemas econômicos mundiais ainda não refletem este anseio por mudança. Severn ressalta o fato de que as economias são mensuradas a partir do índice do Produto Interno Bruto (PIB) e isso “pouco se reflete na qualidade de vida”.
Para a ativista, a chave para mudar este cenário é a mobilização. A mudança parte de uma transformação na sociedade e na política. As pessoas podem trabalhar individualmente para reduzir seus impactos na natureza e ainda podem se tornar mais ativas política e socialmente, cobrando ações, sabendo exercer os direitos e compartilhando conhecimento e informação, para que possam ser ouvidas.
A entrevista é finalizada com Severn falando sobre a esperança para o futuro. “Acredito que só o amor por nossos filhos possa virar a maré. A questão do ambiente é o futuro deles. Temos de fazer a conexão entre nossa vida hoje a suas vidas no futuro. Se nós, politicamente, fizermos a conexão, mudaremos tudo. Eu tenho que acreditar nisso”, concluiu.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Aterro Sanitário de Gramacho é fechado


Olá pessoal,
lembram do filme Lixo extraordinário? Segue uma reportagem sobre o fechamento do aterro.
Para quem ainda não assistiu, fica a dica!



Depois de 34 anos de funcionamento, o Aterro Sanitário de Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi fechado no último domingo (3) e no local será construída uma usina de Biogás. Ela vai ajudar no desenvolvimento sustentável da região, que passará a usar o biogás produzido a partir do lixo em vez do gás natural. O fechamento, em clima de festa, teve as presenças da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e de centenas de catadores que durante décadas trabalharam na coleta do lixo no aterro.

A ministra disse que o fechamento do aterro sanitário é mais um passo importante para acabar, até 2014, com todos os lixões, conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos. “Nós estamos trabalhando duro para isso. Agora, lembro que a responsabilidade é dos prefeitos. É um desafio imenso. Vocês devem ter observado que a Marcha dos Prefeitos este ano, em Brasília, trouxe os resíduos sólidos como tema central das prefeituras. Eu acho que durante o debate das eleições esse tema virá para a mesa de negociação, e nós temos que buscar o compromisso de erradicarmos e solucionarmos a questão do lixo em relação aquilo que a lei estabelece”, disse.

Eduardo Paes declarou que a prefeitura do Rio, ao fechar o Aterro Sanitário de Gramacho, encerrou hoje o crime ambiental que cometia contra a Baía de Guanabara e contra o município de Duque de Caxias. “A prefeitura do Rio vem sendo criminosa há 30 anos depositando os resíduos sólidos da cidade em outro município e às margens da Baía de Guanabara. Para nós é uma vitória muito importante deixar de cometer esse crime ambiental na cidade”, destacou.

O secretário do Ambiente, Carlos Minc, também presente ao evento, informou que até o fim do ano a secretaria deverá fechar todos os lixões existentes no entorno da Baía de Guanabara. O secretário disse que já foram fechados os lixões de Itaoca, em São Gonçalo; o do bairro Babi, em Belford Roxo; além os de Miguel Pereira e Tanguá. Segundo Minc, na semana será a vez de fechar o lixão de Guapimirim. “Até o final do ano acabam todos os lixões que jogavam chorume na Baía de Guanabara”, prometeu.

Os catadores que trabalhavam no aterro começaram a receber, desde sexta-feira (1º), o cartão da Caixa. Ele permitirá que cada catador retira os R$ 14 mil de indenização a que têm direito.

A partir de agora, todo o lixo coletado na capital fluminense terá como destino a Central de Tratamento de Resíduos, CTR Rio, em Seropédica, o mais moderno da América Latina. 

Por Douglas Corrês - Agência Brasill