Um polêmico estudo elaborado pelos pesquisadores Mark Z. Jacobson e Mark A. Delucchi, da Universidade da Califórnia, em Davis, e publicado na revista “Energy Policy”, assegura que 100% da energia consumida no planeta poderia ser obtida de fontes completamente limpas e renováveis em um prazo de três ou quatro décadas.
No relatório se garante que esta energia teria um custo comparável ao da energia convencional que utilizamos na atualidade, e consideram que a conversão ao novo sistema seria um desafio como o do projeto Apolo, com o qual fomos à Lua na década de 1960.
O projeto consiste na utilização de 90% da eletricidade procedente das fontes eólicas e solares. O resto da energia necessária, 8%, poderia ser gerada a partir das fontes geotérmicas e hidroelétricas, enquanto os restantes 2% se extrairia da energia produzida pelas ondas e pelas marés.
No relatório se garante que esta energia teria um custo comparável ao da energia convencional que utilizamos na atualidade, e consideram que a conversão ao novo sistema seria um desafio como o do projeto Apolo, com o qual fomos à Lua na década de 1960.
O projeto consiste na utilização de 90% da eletricidade procedente das fontes eólicas e solares. O resto da energia necessária, 8%, poderia ser gerada a partir das fontes geotérmicas e hidroelétricas, enquanto os restantes 2% se extrairia da energia produzida pelas ondas e pelas marés.
Moinhos de vento de Belwind em um parque eólico marinho no litoral de Zeebrugge, na Bélgica
No entanto, embora os dois cientistas tenham tentado dar resposta a muitas das dúvidas que se colocam no setor das energias renováveis, a controvérsia já está aberta: segundo alguns pesquisadores, esta é uma concepção otimista demais sobre o futuro das energias limpas.
Substituir o petróleo
Para Antonio Chica, cientista titular do Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC) no Instituto de Tecnologia Química de Valência, Espanha, "é preciso ser muito prudente na hora de afirmar que podemos nos servir de energias renováveis no tempo que indica este relatório”.
“Não se pode prever a provisão futura de petróleo, as altas de preços que possa ter ou os conflitos que se possam gerar em torno dele. Embora em questão tecnológica seja certo que, por exemplo, já há países que utilizam energia eólica ou solar que produz eletricidade em grandes quantidades e de uma maneira bastante fácil", diz.
Segundo Jacobson e Delucchi, os meios de transporte seriam movidos por energia elétrica procedente de renováveis, eliminando completamente a dependência do petróleo. Carros, trens, navios seriam impulsionados por motores elétricos alimentados por pilhas de combustível, baseadas em hidrogênio obtido mediante eletrólises de água.
"Agora todas as grandes indústrias do automóvel estão trabalhando em alternativas que não utilizem petróleo e as alternativas são baterias e pilhas de combustível ainda em desenvolvimento. Essa pesquisa se deve a que a indústria é consciente de que o petróleo tem um tempo limitado", adverte Antonio Chica.
"Mas para eles tanto faz que seja petróleo, hidrogênio ou qualquer energia renovável, o que lhes importa é que seja o mais barato e, por enquanto, o mais barato continua sendo o petróleo pela infraestrutura já existente que possui”, comenta.
“Não se pode prever a provisão futura de petróleo, as altas de preços que possa ter ou os conflitos que se possam gerar em torno dele. Embora em questão tecnológica seja certo que, por exemplo, já há países que utilizam energia eólica ou solar que produz eletricidade em grandes quantidades e de uma maneira bastante fácil", diz.
Segundo Jacobson e Delucchi, os meios de transporte seriam movidos por energia elétrica procedente de renováveis, eliminando completamente a dependência do petróleo. Carros, trens, navios seriam impulsionados por motores elétricos alimentados por pilhas de combustível, baseadas em hidrogênio obtido mediante eletrólises de água.
"Agora todas as grandes indústrias do automóvel estão trabalhando em alternativas que não utilizem petróleo e as alternativas são baterias e pilhas de combustível ainda em desenvolvimento. Essa pesquisa se deve a que a indústria é consciente de que o petróleo tem um tempo limitado", adverte Antonio Chica.
"Mas para eles tanto faz que seja petróleo, hidrogênio ou qualquer energia renovável, o que lhes importa é que seja o mais barato e, por enquanto, o mais barato continua sendo o petróleo pela infraestrutura já existente que possui”, comenta.
Veículo com células de combustível em uma estação de abastecimento de hidrogênio em Ulsan, na Coreia do Sul
“O mercado não vai se movimentar porque se polui mais ou menos. Os governos são os que teriam que direcionar o processo, assim como os níveis de poluição", também assinala o cientista.
Esta transição para estas novas formas de energia traz uma despesa de adaptação tecnológica, mas Jacobson e Delucchi opinam que não é preciso que desenvolvamos nenhuma nova tecnologia porque elas já existem e se encontram disponíveis.
Esta transição para estas novas formas de energia traz uma despesa de adaptação tecnológica, mas Jacobson e Delucchi opinam que não é preciso que desenvolvamos nenhuma nova tecnologia porque elas já existem e se encontram disponíveis.
Jacobson e Delucchi apresentam um planeta semeado de sistemas eólicos e solares entre os quais se pudesse redistribuir a energia elétrica estacionária. Recolher o que o vento produz durante a noite e a energia solar durante o dia, e aproveitar ao máximo os excessos de geração que se produzem em algumas regiões e poder enviar para outras com mais dificuldades para gerá-las.
Quanto à instalação de turbinas eólicas, um dos maiores problemas é a das grandes superfícies que são necessárias para sua instalação. O número delas que aparece no projeto é tão grande que seria preciso cobrir 0,6% da terra firme disponível.
Mas Jacobson também tem resposta para este problema e propõe que "a maioria da terra existente entre as turbinas eólicas possa ser utilizada para a pecuária ou a agricultura". Além disso acrescenta outra alternativa: instalá-los sobre plataformas flutuantes no mar.
Jacobson, reconhecido professor de engenharia civil especializado em temas ambientais, assegura que não existem barreiras de caráter tecnológico ou econômico para substituir todas as fontes de energia que utilizamos na atualidade por outras que sejam limpas e renováveis, e que o maior desafio é superar as barreiras políticas que o impedem.
Quanto à instalação de turbinas eólicas, um dos maiores problemas é a das grandes superfícies que são necessárias para sua instalação. O número delas que aparece no projeto é tão grande que seria preciso cobrir 0,6% da terra firme disponível.
Mas Jacobson também tem resposta para este problema e propõe que "a maioria da terra existente entre as turbinas eólicas possa ser utilizada para a pecuária ou a agricultura". Além disso acrescenta outra alternativa: instalá-los sobre plataformas flutuantes no mar.
Jacobson, reconhecido professor de engenharia civil especializado em temas ambientais, assegura que não existem barreiras de caráter tecnológico ou econômico para substituir todas as fontes de energia que utilizamos na atualidade por outras que sejam limpas e renováveis, e que o maior desafio é superar as barreiras políticas que o impedem.
FONTE: Revista Globo Rural
Colaboração: Prof. Bióloga Geisa Percio do Prado
Colaboração: Prof. Bióloga Geisa Percio do Prado
Tais tecnologias já existem a muitos anos, como as células de hidrogênio, que podem produzir enrgia suficiente para abastecer um motor elétrico capaz de movimentar um automovél sem nenhum problema. A questão é quando essa técnologia começará a ser empregada, por exemplo, mesmo após todos esses anos que sucederam a invenção das células de hidrogênio, não se ve nenhum esforço ou incentivo governamental para que as montadoras passem a prouduzir veículos elétricos em escala ou mesmo para que a infraestrutura necessária para tal mudança começe a ser instalada, quanto mais demorarmos para começar, mais tempo levaremos para terminar. É preciso tomar alguma atitude a respeito deste problema, a questão econômica não pode ser a única prioridade, pois esta bem claro que manter a infraestrutura atual movida por combustivéis fósseis é muito mais viável economicamente, mas até quando? quais serão os custos para reverter os processos de aquecimento global se é que isso será possível, podemos mensurar o custo de cada vida perdida devido a doenças pulmonares geradas pela poluição do ar, ou pelas catástrofes naturais atribuidas as alterações climáticas?
ResponderExcluirTemos que agir agora e exigir ações governamentais a respeito desta questão, pois a situação tende a ir de mal a pior.
André Antunes Pires
A água é fonte fundamental para a sobrevivência da humanidade, por isso é necessário uma ação em conjunto para a preservação da mesma.
ResponderExcluirCedemir Cibulski
Tecnólogo em Processos Gerencias - TPG VIII
Senac - Chapecó
como relatado no artigo a Energy Policy, assegura que 100% da energia consumida no planeta poderia ser obtida de fontes completamente limpas e renováveis em um prazo de três ou quatro décadas, sendo então que estaríamos contribuindo para com o meio ambiente de forma mais do que significativa, pelo fato de estarmos utilizando a partir de então 90% da eletricidade procedente das fontes eólicas e solares, fontes totalmente limpas e renováveis.
ResponderExcluirMichel Vivian
TPG VIII
Senac Chapecó
Esse estudo, se colocado em prática traria muitos beneficios;principalmente hoje que se fala tanto em energias renováveis;tudo tem seus prós e contras;mas para "salvar" realmente o nosso planeta são necessárias ações como essa;o problema e o unico impasse que pode se notar claramente,é o interesse político e financeiro existente por trás disso,principalmente no caso do petróleo,citando o exemplo do pré-sal,estão investindo em uma energia, que polui e que é escassa,ou seja não há preocupação ambiental e social,mas sim interesses que sejam favoráveis financeiramente.
ResponderExcluirTais Regina Pelizzon
TPG VIII
Senac-Chapecó
Devemos sim pensar em aderir a novas fontes de energia, a situação do nosso planeta está precária, nossas fontes de energia estão acabando, so que falta concientização, os meios científicos já provaram que ha diversas fontes de energia renováveis, por que não estamos aderindo á isso?
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