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segunda-feira, 21 de março de 2011

Quem entendia de sustentabilidade era a minha avó!!!


Não faz muito tempo que o termo sustentabilidade foi cunhado e surgiu como algo inovador, mas meus avós já praticavam atitudes sustentáveis há muitos anos. Primeiramente não se jogava comida fora. A pequena sobra de arroz do dia anterior se transformava em um saboroso bolinho no dia seguinte, o bife que sobrava virava um apetitoso picadinho.

Quase todo quintal tinha um galinheiro e uma horta, assim, os alimentos orgânicos – outro modismo inventado em tempos recentes – eram produzidos pela maioria das famílias. Quando faltava “mistura”, bastavam dois ovos caipiras das galinhas do quintal um tomate e um ramo de salsinha da horta, pronto lá estava uma nutritiva omelete. Se o dia fosse especial um frango caipira propiciava um belo assado.

A horta do meu avô, embora de tamanho reduzido, produzia de tudo: alface, almeirão, rabanete, pimentão, couve, berinjela, tomate, dentre outros legumes e verduras. Tudo isto sem utilizar nenhum agrotóxico ou adubo químico. O lixo orgânico (casca de frutas e de ovos) se transformava em adubo. Até os vasos de antúrios recebiam as cascas de ovos.

A água utilizada pela família, em geral, provida por um poço era utilizada com critério e economia. A roupa era lavada no tanque e a água reutilizada para lavar o quintal, portanto, o reuso da água não é novidade como se apregoa atualmente, mas algo que a minha avó também já praticava.

A sacola de lona que surgiu como novidade em tempos recentes, ficava sempre pendurada atrás da porta da cozinha e era levada pela minha nona na mercearia ou na feira. Nada de sacolas plásticas descartáveis, aliás, naquela época nada era descartável.

As garrafas PET simplesmente não existiam e não fazia falta porque os vasilhames de bebidas eram de vidro e reutilizados sem nenhuma dificuldade. Todos, incluindo a minha avó, tinham a disciplina de levar o vasilhame à mercearia para comprar refrigerantes, cerveja, leite, etc.

Embora com toda a simplicidade e muito menos oportunidades e opções, meus avós usavam os recursos que dispunham com consciência elevada, evitando o desperdício e reutilizando aquilo que era possível. Desde o papel usado para embrulhar o pão aos vasilhames de vidro e roupas, meus avós sabiam da importância de bem utilizar os parcos recursos que dispunham.

Talvez seja uma boa situação para refletir sobre atitudes simples, mas que podem se tornar grandiosas e que facilmente estão ao nosso alcance. Somente na questão alimentação, é inaceitável o desperdício de alimentos não somente em feiras livres e supermercados, mas dentro de nossas casas, enquanto milhões de pessoas padecem de fome. Parece ser muito mais uma questão de atitude e consciência do que criar planos arrojados e difíceis de serem concretizados. É certo que individualmente podemos fazer muito, basta começar.

10 comentários:

  1. Lendo este artigo, lembrei realmente do tempo em que passava férias escolares na casa dos meus avós, uma pequena cidade do interior, pessoas simples, mas ambientalmente conscientes, todos os itens de preservação e reaproveitamento de materiais presentes no texto eram feitos naquela casa. Lembro até hoje de ir ao mercado com minha avó e levar a sacola que ficava pendurada atrás da porta, óbvio que eu tinha que carregar...rsrs

    Fico me questionando quando foi que levar a própria sacola ao mercado virou “algo de outro mundo”, afinal, até leis municipais precisaram ser criadas proibindo o uso das sacolas de plástico, “obrigando” assim, os clientes a levarem as suas ou carregarem as compras na mão.

    Creio que falta nesta geração que ai esta, “consciência”.

    Somos indivíduos com inúmeras capacidades, que trabalham muito, alguns até com três turnos... mas somos acomodados, preguiçosos quando se trata de ir ao mercado, levar a própria sacola (ecobag), verificar os produtos que mais se adéquam as questões ambientais, não reciclamos por que por hora é mais fácil jogar tudo no mesmo lixeiro... achamos que tudo está indo bem, até olharmos pra TV, jornais, internet e presenciar catástrofes ambientais em decorrência de nossos atos.

    Por uma semana cria-se uma falsa consciência ecológica, (ou nem isso) mas na outra, para muitos, la estão os velhos hábitos e a tragédia cai no esquecimento.

    É necessário perceber tudo que esta acontecendo ao nosso redor, relembrar conceitos que nossos avós nos ensinaram, reutilizar, reciclar, inventar... A vida depende disso, o planeta depende de nós.

    Murilo Caio Cason
    Curso de Administração
    Gestão Ambiental
    UNOESC CHAPECÓ

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  2. ALINE SCHNEIDER- SENAC- TPG 81 de maio de 2011 às 23:50

    Hoje em dia parece que as pessoas tem vergonha de serem corretas e de terem hábitos simples,e dão a disculpa de que "o fulano não faz porque eu vou fazer!". E assim passa de geração em geração, as pessoas não agem por vontade própria!
    Como comentado em sala de aula"a educação e a conscientização deve ser iniciada pelas pessoas mais velhas, até as crianças", e não ao contrário como todo mundo fala.
    Enfim, cada um deve colaborar um pouquinho, que no futuro fará muita diferença!

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  3. Nunca se ouviu falar tanto em sustentabilidade, até mesmo porque vivemos em uma época em que a exploração/extração das riquezas ambientais estão na “moda”.
    No tempo de nossos avós respirava-se aliviado, sem culpa, mas temos a garantia aliada a vontade de fazer como chave para recuperação dessas áreas degradas e garantir a biodiversidade local além de manter e até melhor a qualidade de vida das pessoas.
    Ficando assim como desafio às autoridades seriedade e o acompanhamento pelos mesmos e entidades ambientais, assegurando instrumentos fiscalizatórios e punitivos eficientes.

    Vanessa Schlavin Regasson
    Senac – TPG VIII
    Faculdade SENAC

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  4. Seguinte,a tendência sempre será crescer, crescer e crescer, cada vez vai aparecendo mais modernidade, comodidade, e poluição seja de qual forma for,precisamos ainda ter muita consciência, pois é necessário reciclar, reaproveitar. Infelizmente não podemos ter a mesma alegria que nossos ávos tiveram no passado em não ter que se preocupar totalmente com o meio ambiente, pois os recursos sempre eram abundantes, e a poluição era mínima mas podemos começar agora com pequenas atitudes e pensar um pouco mais nas gerações futuras, que talvez não teram a "comodidade" que ainda temos.

    Iayla
    TPG VIII

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  5. Na verdade a geração de hoje em dia, é muito acomodada,tudo está mais fácil, porque achamos que não temos que se preocupar com o dia de amanha, pelo fato de que a tecnologia evoluiu, o patamar de vida das pessoas aumentou, que as condiçoes de vida hoje, são melhores, que tudo as coisa estão ao nosso alcalçe, mas tudo isso é verdade! pois realmente tudo mudou, é dificil hoje em dia, quem tem o costume como de nossos avôs, de guardarmos as sobras da comida pra reaproveitar no outro dia? quem que vai reutilizar a agua que lava a roupa pra depois lavar a calçada? quem que vai num supermercado e leva sua propria sacola de compras? olha esses são algumas atitudes que são raras as pessoas que se proproem a fazer pra melhorar o meio ambiente, por acharem que isso não ira influenciar em nada, mas essas pequenas atitudes que fazem a grande diferença e as pesssoas não abrem os olhos e verem como isso é importante que quando aplicadas transformam o mundo.

    Dayane Moreira TPGVIII
    Processo Gerenciais Chapeco
    Senac

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  6. Gostei muito desse artigo,pois hoje em dia as pessoas estão muito focadas em crescer,progredir,evoluir; porém não pensam nas consequências que isso pode causar, a questão ambiental na maioria das vezes está em último plano,antigamente como fala no artigo,buscava-se reutilizar tudo,essa conciência que se tinha e que era muito importante parece que simplesmente foi deixada de lado,o ser humano foi progredindo e buscando cada vez mais a comodidade e o conforto,com isso troxe também o lixo,que cada vez se acumula mais,as pessoas compram,compram e compram e produzem lixo,e ainda são mais depressivas pode-se ressaltar aqui, comparando-se á antigamente, pois vivia-se com mais simplicidade,mais ecológicamente correto e mais feliz.Até quando o mundo vai resistir a tanto lixo?...


    Tais Regina Pelizzon
    TPG VIII
    Senac-Chapecó

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  7. Esse artigo é d+, como era bom o tempo da vovó,deviamos aplicar esses conhecimentos hoje, estamos muito preocupados em aderir a modernidade, esquecemos que estamos acabando como futuro de nossos filhos. Devemos começar a recordar e por em pratica conhecimentos da vovó, se cada um fizer um pouquinho no final teremos um grande resultado.

    Carla Guindani
    TPG VIII

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  8. Com esse artigo pude lembrar dos comentários de minha avó a respeito de como reutilizavam tudo, desde embalagens até alimentos, que como ultima opção eram usados para adubar flores e hortas.
    Comenta-se tanto sobre reutilização, uso consciente mas pecamos tanto em "pequenos" detalhes, coisas que deixamos de fazer ao passar dos anos pois era de fácil acesso e "atual" as embalagens descartáveis, os alimentos industrializados e diversas outras "inovações".
    Na questão das toneladas de alimentos que são desperdiçadas por dia enquanto muita gente não tem o que comer, entram as leis que proíbem a doação "inadequada" dos produtos, tanta burocracia e tantas pessoas não tendo alimento diariamente...

    Scheila Chiele
    TPG VIII
    Senac-Chapecó

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  9. Esse artigo nos mostra que na verdade sustentabilidade, que é pregada como uma novidade, nossos avós já praticavam. Quem não deu continuidade fomos nós, que quem sabe se tivéssemos feito isso desde o princípio, o hoje seria muito melhor...
    Mariana Alberti Giordan
    Ligiane Rafaela Pedroso
    Turma 102
    Senac-Chapecó

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  10. as vezes eu penso como é possivel que antigamente as pessoas tinham menos conhecimentos mas mesmo assim cuidavam da natureza melhor que nós hoje que sabemos os perigos e beneficios decor e saltiado e não fazemos nada.
    depois ainda pensamos que somos mais desenvovidos do que eles e se for assim mesmo eu preferia que nos não fossemos tão desenvolvidos assim talvez o planeta estivesse melhor
    PATRICA 103

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