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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Descarte certo



Com atitude e consciência, podemos combater o excesso de lixo tóxico que vem provocando danos à saúde do planeta

Sabe aquela geladeira antiga que você não usa mais? Ou mesmo os aparelhos eletrônicos deixados de lado? Ah, sem contar as pilhas e baterias aposentadas e os remédios vencidos? Se não bastasse a dúvida sobre o que fazer com essas coisas todas, ainda temos de tratá-las com cuidados especiais. “Por conterem substâncias tóxicas, quando descartados de forma incorreta no meio ambiente, esses e outros itens, como óleo de cozinha e lâmpadas, contaminam o solo e a água”, explica a doutora em engenharia química Carolina Afonso Pinto, formada pela Universidade de São Paulo (USP).

“Para quem não recebe água tratada, a opção é captar de rios ou do lençol freático através de poços artesanais. É aí que mora o perigo”, alerta. Como a maioria desses objetos ainda é eliminada junto com o lixo comum nos chamados “lixões”, o impacto é certeiro. “Não há nenhum controle sobre eles, o que amplia a proliferação de gases tóxicos e líquidos poluentes, como o chorume. O resultado são as doenças, além de solo e ar poluídos”, declara Jorge Tenório, professor titular de engenharia de materiais da Universidade de São Paulo (USP). Como isso pode se agravar e nos trazer problemas futuros? Basta olhar ao redor e ver a multidão de pessoas consumindo sem parar. E o pior: sem saber o que fazer com o que possuem. “Produzimos três vezes mais lixo eletrônico do que lixo comum, que já é insustentável ao planeta”, fala Heloisa Mello, diretora de operações do Instituto Akatu, em São Paulo.

“Consumimos 30% além do que o mundo pode renovar, por isso entramos em uma espécie de cheque especial para sobreviver”, conta Heloisa. Exagero? Não quando observamos a quantidade de novidades lançadas a cada dia. “O consumo hoje é descartável. Os produtos têm pouca durabilidade e essa troca é intensa e rápida”, completa. O alerta nos convida a uma reflexão sobre o futuro de nossas ações daqui para frente. “Não podemos deixar para quando sentirmos na pele o problema. É melhor prevenir do que ter de tomar medidas mais duras depois”, reforça Dinah Monteiro Lessa, diretora do Instituto Recicle, em São Paulo.

CONSUMO CONSCIENTE
Pare e pense em quantos objetos você compra, usa e joga for a diariamente. Saberia dizer quais eram realmente necessários? Você usou-os no mesmo instante ou só depois de semanas ou meses? Essas perguntas podem até parecer simples, mas ajudam muito na hora da decisão. “Devemos pensar no descarte assim que escolhemos o produto”, avisa Heloisa Mello. “O ideal é priorizar os que tenham durabilidade e uso imediato.

Além disso, dê preferência às empresas que os fabricam com sustentabilidade”, reforça Dinah Monteiro Lessa. Por exemplo, observar se as embalagens são feitas de materiais recicláveis e se a empresa as recolhe quando perdem a utilidade já ajuda nessa missão. “As pequenas atitudes individuais resultarão em grande diferença. Se cada um fizer a sua parte, a consequência será gigantesca”, ressalta Heloisa Mello.

O esforço de todos colabora e, com a nova lei de resíduos sólidos, o caminho começa a ser traçado de forma mais rápida. Agora, os fabricantes de eletrônicos, eletrodomésticos,lâmpadas, óleos lubrificantes, pilhas e baterias deverão recolher seus produtos após o término de sua vida útil. Nas páginas a seguir,você verá como descartar de forma adequada todos os tipos de lixo tóxico, incluindo os remédios. Veja aqui algumas indicações e consulte no site da revista Bons Fluidos uma lista mais ampla dos locais que recebem esses materiais.

CADA UM NO SEU LUGAR
PILHAS E BATERIAS
Se fizer um passeio rápido pela sua casa e visitar quartos, cozinha, sala e banheiro, talvez você não perceba que todos esses ambientes têm objetos que trazem algo em comum: pilhas ou baterias. Independentemente do tipo ou do tamanho, o estrago que esses itens causam à natureza e ao homem vem dos metais cádmio, chumbo e mercúrio. Quando entram em contato com o solo, a contaminação é certa e se estende às plantas e animais que vivem nesses locais. O mesmo raciocínio vale para nós, uma vez que, eventualmente, podemos ingerir alimentos contaminados em algum momento da cadeia produtiva.
Onde estão: controles remotos, filmadoras, máquinas fotográficas, telefones fixos e sem fio, celulares, mp3s, barbeadores, brinquedos, lanternas, rádios, notebooks, calculadoras, aparelhos de DVD, relógios e outros produtos que usem pilhas ou baterias comuns e recarregáveis.
Como descartar: envolva a pilha ou a bateria em um saco plástico, separando-o do lixo comum, e deposite em postos de coleta específicos.

12 comentários:

  1. De fato, o lixo eletrônico vem se tornando um grande problema à sociedade, pois afeta a todos de uma forma geral. Muitas vezes, a falta de conhecimento com relação ao descarte correto desse material faz com que ele seja destinado de maneira errada, o que torna o problema ainda mais grave. Projetos e iniciativas que mostram a maneira certa de descartar o lixo são muito bem vindos, pois conscientizam as pessoas que o lixo merece atenção especial para, dessa forma, não prejudicar (tanto) o meio ambiente.

    Kauane M. Bordin PA-06

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  2. Produzir lixo é algo inevitável, mas produzir três vezes mais lixo eletrônico do que lixo comum como o texto aborda, é total falta de atenção para com o meio ambiente, projetos que destinam de forma adequada a eliminação e reciclagem desses lixos que eliminam substâncias tóxicas servem como solução de conservar o nosso planeta, mas não são esses projetos sozinhos e sem apoio que irão salvar o mundo, afinal é através das atitudes de todos que significativos resultados começaram a surgir, portanto o dever de destinar o lixo eletrônico para essas entidades é nosso, assim como compramos e usamos devemos descartar esse material de forma adequada, é claro, infelizmente a dificuldade de encontrarmos entidades dispostas e preparadas a executar um trabalho desses é muito menor que a demanda, mas é o nosso direito de cidadão cobrar do governo público uma solução, de investir nessas entidades na qual faça valer a quantidade de impostos que é cobrado para consumirmos produtos que necessitam de fins adequados. Por isso, planejar o futuro e manter-se informado é muito além de acumular bens materiais e de conservar riquezas, é se comprometer em preservar o meio em que vivemos, para garantir o equilíbrio do ecossistema.

    Karine Cecília Finatto
    PA - 101

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  3. Com o aumento do consumo, a produção de lixo eletronico está crescendo. Um dos motivos é falta de conhecimento de como descatá-los. As pessoas pensam que por nao se decomporem lentamente nao liberam toxicos, por isso descartam em qualquer lugar, o que nao é verdade, ja que os eletronicos podem chumbo, mercurio, entre outros. Incentivar o desenvolvimento de programas que demosntrem isso é um dos caminhos. Fazer com que as empresas recolham também é valido, desde que depois haja fiscalização do destino que elas dão, caso contrário não adianta em nada. precisamos cuidar do meio ambiente se ainda quisermos um planeta para morar.

    Kalinca M. Marafon
    PA - 06

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  4. O Brasil é o mercado emergente que gera o maior volume de lixo eletrônico per capita a cada ano.A estimativa é de que, no mundo, 40 milhões de toneladas de lixo eletrônico são geradas por ano. Grande parte certamente ocorre nos países ricos.Mas o alerta é de que a situação hoje não é satisfatória. Informações sobre lixo eletrônico são escassas e não há uma avaliação completa do governo federal sobre o problema.


    Pricilla Cabral Vissosck

    SENAC
    PA - 06

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  5. O Brasil é o mercado emergente que gera o maior volume de lixo eletrônico per capita a cada ano.A estimativa é de que, no mundo, 40 milhões de toneladas de lixo eletrônico são geradas por ano. Grande parte certamente ocorre nos países ricos.Mas o alerta é de que a situação hoje não é satisfatória. Informações sobre lixo eletrônico são escassas e não há uma avaliação completa do governo federal sobre o problema.

    Priscilla Caroline Cabral Vissosck

    SENAC PA-06

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  6. realmente com o consumo cada vez mais inconcientes dos seres humanos estamos poluindo e muito o meio ambiente.Nos ja estamos matando varias especies de animais como peixes e passaros.


    jaisson
    turma:pa06

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  7. oque é lixo eletronico? lixo eletronico ou
    e-lixo é todos os tipos de produtos que possam ser conectados a tomadas exe: computadores, televisões, radios, e alguns itens domesticos.
    E por que eles são tão prejudiciais ao meio ambiente? Porque eles não se decompõe com o passar do tempo, e alguns animais acabam achando que pode ser alimento, e engolem, se afogando e podendo ate morrer.

    JHONNATAN VINICIUS BALBINOT
    JAISSON JOSÉ A. LEITE

    TURMA:pa06

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  8. O lixo eletrônico vem trazendo grandes problemas para o meio ambiente pois varios materias de que eles são compostos além de não se decompor eles trazem muitas doenças para a saúde de todos assim causando grandes impactos a população...

    Andreia G.Cella, Joziéli Gallon
    P.A06

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  9. Todos nós querendo ou não produzimos lixo,mas produzir três vezes mais lixo eletrônico do que o lixo comum é falta de consciência da população,afinal todos fá estamos sofrendo as consequências do que causamos ao meio ambiente e se continuarmos produzindo tanto lixo daqui á alguns anos não terá mais lugar para as pessoas´, mas sim só para o lixo que nós mesmo produzimos!

    Keila Fernanda Marangoni

    SENAC PA-06

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  10. produzimos muito lixo,e temos que tentar fazer com que esse numero diminua a cada dia, assim teremos um mundo mais limpo.

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  11. procuzir lixo é quase inevitável, mais com certeza poderiamos 'produzir' lixo com mais consiencia e responsabilidade, reciclar e separar o lixo! pois em um futuro não muito longe estaremos sofrendo sérias consequencias.


    Bruna Ramos do Amaral - PA 106

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  12. Numa sociedade extremamente consumista, o compra compra faz o planeta pedir socorro. Um dos principais auxiliadores é um sistema de gestão ambiental nacional abordando o compromisso ético, a redução de custos, uma educação sustentável, uma preservação dos recursos naturais e uma responsabilidade social, como inicio, o reaproveitamento e utilização adequada de materiais evitaria o acumulo de lixo e garantiria as futuras gerações maiores garantias de uma vida digna.

    Acadêmicos: Clóvis Prates e Regina Arend
    Administração Unoesc- 7˚ período


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