Criadores do Stellarium ranquearam os níveis de visibilidade de estrelas no céu/Foto: Divulgação
Há quanto tempo você não pára e contempla demoradamente um céu estrelado? Pense um pouco e reflita qual foi a última vez que você contou estrelas ou tentou identificar as constelações em uma noite escura. Ou melhor, pergunte a alguma criança se alguma vez na vida ela já viu uma estrela cadente. Cada vez mais, cenas como essas tem sido vistas apenas em filmes, novelas e comerciais de TV.
Com a evolução das cidades o homem tem se afastado do contato com a natureza e coisas banais, como olhar para o céu, se tornou algo distante da nossa rotina. Mas não pense que a culpa é exclusiva do nosso estilo de vida moderno. Além da correria do dia a dia e do excesso de espaços fechados, outro problema tem feito com que as pessoas não enxerguem mais tantas estrelas no céu: a poluição luminosa das grandes cidades.
Qualquer um pode perceber esse fenômeno. Basta olha de longe para um centro urbano para ver um clarão laranja envolvendo a cidade. Esse é um sinal do excesso de lâmpadas de vapor de sódio presentes por ali.
Esse brilho no céu, causado pelo excesso de luzes direcionadas para cima, é o grande responsável pelo ofuscamento das estrelas que estão mais próximas ou um pouco acima da linha do horizonte.
Os impactos desse excesso de luminosidade é sentido em todo o planeta, especialmente nas regiões ocupadas por grandes metrópoles. Segundo o engenheiro de energia Saulo Gargaglioni, uma estimativa aponta que cerca de 1/5 da população mundial, mais de 2/3 da população dos EUA e mais da metade da população da União Europeia perderam a visibilidade a olho nu da Via Láctea.
Uma avaliação feita em Madri, nas Espanha, revelou que a poluição luminosa causada pelas luzes da cidade poderia ser sentida em um raio de 100 km. Toda a área do sul da Inglaterra, Holanda, Bélgica, Alemanha Ocidental e norte da França têm um brilho noturno entre duas e quatro vezes acima do normal. O único lugar na Europa continental onde o céu pode alcançar sua escuridão natural é no norte da Escandinávia.
Com isso, o céu das cidades tem se tornado ambientes cada dia mais “apagados” e seus moradores, cada vez mais distantes da natureza.
Céu noturno na cidade do Novo México é exemplo do fenômeno
Impactos
E quem pensa que o problema se restringe à perda da beleza de uma noite estrelada, se engana. O excesso de luz artificial pode trazer diversos problemas para a saúde dos seres humanos e ainda causar um desequilíbrio da flora a fauna local.
Estudos apontam que a exposição à luz durante a noite pode aumentar o risco de desenvolvimento de alguns tipos de câncer, como o de mama. Isso ocorre devido à supressão da luz noturna sobre glândula pineal, reduzindo a produção do hormônio melatonina.
Esse hormônio só é sintetizado no escuro e sua produção é inversamente proporcional às exposições ambientais de luz. Por isso, sua redução tem sido altamente correlacionada com o aumento do risco da doença.
A invasão de luz nas casas devido a locais com alta iluminação noturna, como lojas e shoppings, também pode prejudicar a qualidade do sono das pessoas, levando ao estresse, insônia e outros transtornos. Motoristas podem ter sua capacidade visual reduzida por alterações bruscas de ambientes claros para escuros e vice-versa.
O excesso de iluminação noturna também pode afetar a reprodução, migração e comunicação de espécies, como aves e répteis diurnos, que caçam somente durante a noite. Pássaros atraídos pela luz dos prédios, torres de transmissão, monumentos e outras construções, voam sem cessar em torno da luz até caírem de cansaço ou pelo impacto com alguma superfície.
A iluminação artificial nas praias também pode ocasionar a desorientação de filhotes de tartarugas marinhas ao saírem dos ninhos. Normalmente, os filhotes movem-se no sentido contrário aos ambientes escuros, em direção ao oceano. Com a presença de luzes artificiais na praia, os filhotes não conseguem diferenciar os ambientes e acabam desorientados.
Até as plantas sofrem com o fenômeno. Pesquisas mostram que algumas espécies não florescem se a duração da noite é mais curta do que o período normal, enquanto outras florescem prematuramente.
Para completar o quadro, ainda existem consequências econômicas para o fenômeno. Pesquisadores norte-americanos estimam um desperdício anual de dois bilhões de dólares com iluminação ineficiente. Outro estudo mostra que um aumento de 25% na iluminação noturna, ocasiona uma perda de quase 20 milhões de dólares para a astronomia.
Planejamento e controle são as soluções
Para Gargaglioni, todas essas consequências são resultado do mau planejamento dos sistemas de iluminação. “A visibilidade do céu noturno tem sido prejudicada não só pelas luminárias das vias públicas, mas também pela iluminação ineficiente de estádios de futebol, outdoors, monumentos e fachadas de prédios”, afirma.
E para evitar a poluição, bastam alguns cuidados simples. Segundo o arquiteto Eduardo Ribeiro dos Santos, o problema pode ser controlado pelo direcionamento correto das fontes de luz, controle do ofuscamento e utilização correta das lâmpadas que podem reduzir a poluição ao mínimo.
Políticas públicas voltadas para o combate ao problema também tem sido adotadas em diversos países. Em junho de 2009, a Associação Médica dos Estados Unidos desenvolveu uma política de apoio ao controle da poluição luminosa.
No Brasil, a legislação atual ainda é muito desconhecida e pouco abrangente. As poucas leis que tratam do assunto se referem apenas a áreas de desovas de tartarugas ou de observatórios espaciais.
“Iluminar bem não é iluminar em excesso, e sim, com eficiência, e os profissionais e a comunidade em geral devem ser alertados para isso”, conclui Gargaglioni. [EcoD]
Isso é muito importante, pois eu que estou aqui na cidade apenas a 9 meses notei muitas diferenças em relação a isso. Eu morava no interior e todas as noitesdormia olhando para as estrelas e aqui não consigo ver as estrelas como eu via lá no interior e sem contrar que lá é muito melhor em relação ao clima, temperaturas e o ambiente é muito mais agradável.
ResponderExcluirKeila Fernanda Marangoni.
PA_06
Realmente Keila, percebemos essas mudanças quando estamos na cidade, e nesse momento valorizamos pequenos detalhes que até então se passavam despercebidos, como o simples e encantador momento de olhar as estrelas.
ResponderExcluirAbraços
muito curioso!!!!
ResponderExcluir"Estudos apontam que a exposição à luz durante a noite pode aumentar o risco de desenvolvimento de alguns tipos de câncer, como o de mama."
naum sabia disso.
acho que assuntos como esse deveriam ser mais divulgados em jornais e na tv, pois como eu naum sabia vários naum devem saber.
abraço!!
ivan pedro murari
t:pa6
Nossa, muito interessante, pois não sabia que poderia ser tão sério assim. As vezes nem nos damos conta dos riscos que estamos sofrendo, concordo com o Ivan, pois também não sabia, e assim como nós outras também não devem ter esse conhecimento, se continuar assim, cada vez o nosso planeta ficará pior!
ResponderExcluirBeijos
Dienefer Renata Florek
PA- 06
Achei muito interessante essa reportagem, pois muitas vezes ja olhei para o céu para olhar as estrelas, mas não entendia porque não estavam lá,
ResponderExcluireu nem conhecia esse fenômeno da poluição luminosa.
Acredito que se todos se conscientizassem essa "iluminção em excesso" poderia ser minimizada e assim prejudicaria menos o meio ambiente, e reduziria os riscos de saúde para os seres humanos ( eu não tinha a minima idéia de uqe isso podia causar câncer).
Abraço a todos.
Priscila Barp 7º periodo ADM-UNOESC Chapecó
Olá,
ResponderExcluirNossa nunca havia parado para observar isso, é muito interessante. Realmente as noites estreladas não são mais as mesmas, mas não tinha noção de o porque isso acontecia. Muito menos dos males que isso causa ao ser humano e ao meio ambiente. Nunca havia ouvido nada a respeito de poluição luminosa. Eu nasci e me criei no interior e realmente as noites eram muito mais bonitas e as estrelas eram bem mais vizíveis. Sem contar o gasto com luz e a poluição ambiental que todas as lâmpadas juntas geram dependendo da fonte de energia que elas foram geradas É CLARO.S
Silvana Freschi
Acadêmica do 7° período, Unoesc, Chapecó.
e muito interessante.acho que todos deveriam saber mais sobre isso pois poucas pessoas imaginam o que isso´pode causar ,nao so a nossa saude mas as das plantas e dos animais.
ResponderExcluiradriana de souza
pa-101
OLA
ResponderExcluirNo meu conceito falta concientização mundial!
Teriamos que ter mais informaçao adequada...
mas tem pessoas que se interessam pelo fato e são essas ações que mudaram o conceito PLANETA TERRA!!!
DÉBORA DA SILVA
TURMA-104
Esse tipo de poluição é percebida por poucas pessoas por ser uma coisa que não chama muito a atenção, pois vivemos cada vez mais em ambientes fechados. Porém, basta lermos alguma coisa sobre isso para percebermos o quanto nos afeta, tanto na saúde quanto financeira, pelo disperdício. Tomar conhecimento de que a grande luminosidade noturna afeta também a natureza, de formas diferentes para cada espécie, torna a situação ainda mais preocupante. Hoje a luminosidade é utilizada para chamar a atenção, atrair os olhos do público, mas se continuar assim irá nos prejudicar, o interessante seria desenvolver programas que fizessem a população diminuir a iluminação, ou seja demonstrar o quanto isso pode ser prejudicial.
ResponderExcluirDaniele e Kalinca
PA6
eu acho que falta consciência dessas pessoas, pois não tem como se explicar um desperdicio de energiaa elétrica dessa maneira!
ResponderExcluirkyeldon amaral
turma pa06
Muito interessante. Com toda essa modernidade dos dias de hoje, o homem tem deixado as coisas simples da natureza de lado, não percebendo assim as mudanças que ocorrem.
ResponderExcluirAcho que todos nós precisamos ser mais conscientes, pois, não é só nós,humanos, que sofremos com isso, mas também, animais, a fauna e a flora.
Francieli Koch
P.A 103
Com a TV,internet,e outros aparelhos eletronicos,para muitos o brilho das estrelas são deixados de lado.O esquecimento desses astros fazem com que a beleza,e os misterios da natureza não alimentem a criatividade das nossas crianças.
ResponderExcluirA vida moderna alem de nos dexar sem tempo,ainda nos tira o previlegio de contemplarmos a beleza do brilho das estrelas.Se cada um de nos paracemos para olhar o ceu com certeza dariamos mais valor para o que temos e não precisamos pagar.
Maykeli Prestes
PA 105
Quem mora no interior e vem para a cidade percebe essa grande diferença de luz, ou ate mesmo nós quando saimos da cidade e vamos para o interior percebemos essa diferenças. Eu nao sabia que a luz pode trazer tantos problemas para o ser humano, mas não é só nós que sofremos com isso, os animais tambem. Eu achei muito legal e tambem muito importante esta materia.
ResponderExcluirjuciane caminero
PA 03
Com tantos aparelhos modernos a sociedade acaba se esquecendo do que realmente importa: o meio ambiente, pois sem ele nós jamais existiriamos!!!!
ResponderExcluirAline Jorgetto PA 103
O artigo nos mostra uma realidade um tanto quanto desconhecida por muitas pessoas, o problema da Poluição luminosa não se baseia apenas na utilização de luzes artificiais, e sim no modo o qual elas estão sendo utilizadas. Como relata o artigo muitas cidades tem dispediçio de energia, acho que para mudar esta realidade as pessoas devem aprender a usar esta energia de forma correta. Se a energia fosse enviada apenas para lugares onde se quer enchergar, o meio ambiente seria o mais benefiçiado, pois não seria necessário buscar novas fontes de geração de energia para suprir a necessidade do país e nossos rios não seriam tão afetados com as construções de novas hidroelétricas.
ResponderExcluirCledinei Roberto Artigas
Um assunto muito interessante pois quando fala dos filhotes das tartarugas que ficam desorientadas temos que mencionar também das aves e outros animais. Muitos de nos jovens não temos a oportunidade de ver como é a vida no interior apenas conhecemos a cidade grande e acabamos perdendo um espetáculo da natureza.
ResponderExcluirSiomara Boscato
ADM 7ª
unoesc
Siomara Boscato
ADM 7ª
unoesc
A poluição luminosa apaga as estrelas no céu...
ResponderExcluirEssa noticia é simplismente terrivel será que nossos filhos,e netos iram conhecer a beleza de um céu estrelado???
Ines da Rosa
turma 103
Isso é chato pois conforme a cidade vai crescendo da pra nota como essa poluição iluminando o céu e apagando o brilho das estrelas eu acho q algo tinha q ser feito rápida mente para q isso seja mudado antes q o brilho das estrelas também seja extinto
ResponderExcluirnome: Gean Felipe Barro
turma: 101
A iluminação excessiva traz muitos malefícios, mas as grandes empresas não se importam, pois estão ocupadas demais pensando em propaganda, em mais iluminação desnecessária, e não pensam nos malefícos à sua própria saúde, à vida dos animais e plantas, e aos desquilíbrio que isso pode causar. è horrível saber que nos dias atuais ainda existam pessoas interessadas apenas em seu lucro pessoal e esquecem das consequencias de seus atos.
ResponderExcluirLuzia Gambatto
Turma 101
Realmente uma verdade o brilho das luze urbanas faz com que deixassemos de ver as estrelas , para que possamos ver o brilho das estrelas só mesmo quando vamos para a colonia,com isso nossos filhos perdem de ver o espetaculo do brilho das estrelas
ResponderExcluirElizabete-ADM 7°fase
Eu não fazia ideia disso, percebo que cada dia mais estamos prejudicando o meio ambiante,e nós mesmos, estamos acabando com a beleza de nosso planeta com coisas bobas e nem percebemos.
ResponderExcluirGabriela Schneider
Ria:51
SENAC
Está aí mais um exemplo de como o homem consegue alterar o espaço aonde vive, a perda do costume de olhar para as estrelas apenas reflete a desconexão com nossa natureza, no meio de tantas coisas a fazer: trabalho, estudo, compras, passar um tempo com a família e os amigos, e ainda ser bombardeados por uma série de notícias, anúncios e propagandas todos os dias; esquecemos que não só somos parte do meio ambiente como o somos da natureza, perdemos a noção de que as árvores, nossos animais de estimação, os que estão no zoológico, ou no meio da mata e até as bactérias que vivem em nosso corpo também passaram por um processo evolutivo, e não são inferiores ou superiores a nós. O que precisamos é do sentimento de igualdade com tudo a nossa volta, o que se torna difícil de ser realizado pelo fato de nós, os seres ‘racionais’, não conseguirmos tratar com igualdade nossos próprios irmãos de espécie.
ResponderExcluirLilian Baseggio
RIA 51
SENAC
Podemos ver a diferença no céu de uma cidade grande cercada de poluição onde as noites aparentam ser mais escuras comparadas com o céu azul e estrelado do interior ou de uma cidade com menos poluição, isso tudo é decorrente da poluição gerada pelo próprio homem.
ResponderExcluirNomes: Maiara Barden, Carine Rodrigues, Francieli Pedroso, Priscila Picoli.
Turma:PG10
É uma pena saber que quem vive na cidade perde esse fenômeno extraordinário que só a natureza nos oferece. Triste também é saber que o ar - puro que só existe em lugares distintos - está sendo afetado pela combustão e poluição exacerbada.
ResponderExcluirQuem sabe, se a população sentisse "na pele" algumas consequências teriam mais consciência e cuidaria ainda mais do nosso meio ambiente.
Resta a esperança não é?!
Nome: Luana e Darah Marchiori
Ria: 152
Vendas - Senac Chapecó
É uma pena saber que não podemos ver o céu com ele realmente é a noite. Hoje ninguém tem plena consciência disso, e nos próximos anos, isso tende a piorar se não começarmos a pensar no futuro próximo.
ResponderExcluirGabriele de Witte
PA Unimed
"Astrônomos estimam que a Via Láctea contém mais de 400 bilhões de estrelas e graças à missão Kepler, podemos estimar que todas as estrelas em nossa galáxia tem em média 1,6 planetas em suas órbitas".
ResponderExcluire ainda queremos ofuscar nossas maravilhas
NOME:Michael Rodrigues da Silva
ADM: 20150528003
Estando cara a cara com o assunto, podemos afirmar que se uma cidade como Chapecó desligasse suas luzes no geral por meia hora, conseguiríamos observar a olho nu as estrelas, e se um país inteiro desligasse suas luzes por meia hora, poderíamos observar constelações que geralmente não é possível vê-las, devido a quantidade de poluição existente no ar. Lâmpadas feitas com mercúrio causam maior impacto ambiental, além do tempo que levam para se dissipar.
ResponderExcluirNomes: Jaqueline da Silva e Ana Julia Fortes
Turma: Adm 004
Algo que nos é dado de graça e ainda é ofuscado por uma luminosidade exagerada, que ironia, o quão maravilhoso é o nosso espaço é não se ter o direito de observar o céu e a beleza como realmente é, saber que ter de sair da cidade e procurar o melhor lugar para contemplar a verdadeira beleza das estrelas, e ainda saber que estamos sendo prejudicados ao longo do tempo, não conhecer a verdadeira beleza e simplesmente adoecer na pobreza de conhecer a verdadeira beleza do céu estrelado.
ResponderExcluirNome: Luana Gonçalves
Turma: 004
Cada dia que passa temos menos tempo para nos, então buscamos fazer sempre o mais importante como cuidar da casa, dos filhos, do trabalho e nos esquecemos de cuidar de nos de nossa saúde. Cuidar da saúde não apenas ter uma boa alimentação ou praticar exercícios físico mas também para e admirar algo que nos faz bem como por exemplo admirar as estrelas, ou cuidar de um belo jardim. Cuide mais de você e do que tem ao seu redor, A NATUREZA.
ResponderExcluirLetícia Thiele Bueno
UNIMED
As estrelas, deslumbram entre o céu, dançam alegria, mas seu brilho esta sendo substituído pelas luzes da cidade grande, poluições, falta de apreciação. Muitas propagandas, nos tentam á consumir, consumir cegos da realidade, tentam cobrir as coisas realmente belas e essenciais, substitui - las de forma a não as dar valor, esbanjar mesmo tudo aquilo que nos é oferecido.
ResponderExcluirNome: Daiane Felipeto
Turma:Unimed